segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

OS AMIGOS (do Relvas) SÃO PARA AS OCASIÕES...

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Com a devida vénia, retirado do "Público" de hoje :



Gabinetes de José Dirceu promoveram a entrada de Efromovich na TAP


As movimentações para Efromovich comprar a TAP arrancaram no final do Verão de 2011. Na primeira quinzena de Novembro de 2011, empresas luso brasileiras ligadas a José Dirceu ajudaram Efromovich a entrar na TAP. (quem será ou serão os lusos sócios ?) 
amil Bittar/Reuters



Na primeira quinzena de Novembro de 2011, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, sócio e irmão de José Dirceu, veio a Lisboa falar com altos responsáveis. Semanas antes, Miguel Relvas tinha recebido Efromovich, a pedido do empresário.
As consultoras brasileiras e portuguesas ligadas ao antigo chefe da Casa Civil do ex-Presidente da República Lula da Silva, José Dirceu, condenado a mais de 10 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção activa no caso Mensalão, promoveram a candidatura de Gérman Efromovich à privatização da TAP, a única proposta de compra da companhia aérea nacional que chegou a ser avaliada pelo Governo de Passos Coelho.
As movimentações para o Estado vender a TAP a Gérman Efromovich, dono da companhia aérea colombiana Avianca-Taca (ligada à Avianca Brasil), arrancaram em Setembro/Outubro de 2011 quando o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas recebeu o empresário (a pedido deste) para falar do possível investimento na TAP.
Os encontros foram confirmados ao PÚBLICO por Miguel Relvas: “O Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares recebe pedidos de audiência de vária índole” e “nesse âmbito, confirma que recebeu em Setembro e Outubro de 2011, pedidos de audiência do empresário mencionado para falar com o Governo Português sobre as suas intenções de poder vir a investir em Portugal”.
Os encontros “foram concedidos e decorreram, como é usual, com a maior cordialidade”. Relvas garante que desde que a privatização arrancou nunca mais teve contactos com Efromovich. Este empresário nasceu em 1950, na Bolívia, nacionalidade que recusou para assumir a colombiana (Avianca-Taca), a brasileira (Avianca Brasil) e a polaca/europeia (TAP).
Dias depois de Relvas ter recebido Efromovich começaram os contactos para ajudar Efromovich a entrar na TAP. Assim, na primeira quinzena de Novembro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, sócio e irmão de José Dirceu de Oliveira e Silva, deslocou-se a Lisboa para desenvolver contactos, ao mais alto nível, financeiros e políticos. O PUBLICO apurou que as reuniões foram articuladas com o escritório de advocacia português Lima, Serra, Fernandes & Associados (LSF), liderado por Fernando Lima, parceiro dos vários gabinetes de José Dirceu.
Contactado pelo PÚBLICO para comentar o papel que desempenhou na promoção da candidatura de Efromovich à compra da TAP, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva começou por fazer uma confusão o que o levou a declinar pronunciar-se por não conhecer Abramovich [o bilionário russo dono do clube inglês Chelsea]. Mas, depois dos necessários esclarecimentos, acabou por confirmar que veio a Lisboa, mas “só fui recebido pelo dr. Ricardo Salgado, presidente do BES”.
Para falar de Miguel Relvas aconselhou o PÚBLICO a falar com o advogado João Serra [sócio do Lima, Serra, Fernandes & Associados]: “Fala com o João Abrantes Serra. [...] porque neste momento, estamos a passar aqui por uma situação complicada e estamos a evitar contactos.” Uma menção ao Caso Mensalão que tem no epicentro o irmão, José Dirceu.
Recorde-se que O Globo, na sua edição de 28 de Outubro, publicou uma crónica de Ancelmo Goes onde este escreveu: “Quem está ajudando o empresário Gérman Efromovich a comprar a TAP é o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Portugal, Miguel Relvas” que “tem amigos influentes no Brasil — inclusive, Zé Dirceu.”
Em declarações ao PÚBLICO o jornalista referiu que Relvas possui, no Brasil, “uma rede de amigos” e observou que existe, hoje, “grande articulação entre as autoridades colombianas [a Avianca tem sede em Bogotá] e o governo português.”
Foi só depois de Luiz Eduardo ter regressado a São Paulo é que os nomes de Efromovich/Avianca/Sinergy (empresa através da qual o colombiano concretizou a sua oferta de compra da TAP) começarem a integrar de forma permanente e generalizada as listas dos potenciais candidatos a comprar a TAP, uma das privatização mais delicadas e polémicas, nomeadamente, por estar em causa uma empresa de bandeira emblemática e estratégica para Portugal.
Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial de Efromovich negou conhecer José Dirceu, Luiz Eduardo Oliveira Silva, João Serra ou Fernando Lima, apesar de no Brasil o seu nome ser colocado como estando próximo dos petistas ligados a Lula da Silva e a José Dirceu. Já o BES optou por não comentar as informações, enquanto Joao Serra alegou dever de sigilo profissional para não responder ao PÚBLICO.


Tudo às claras, sem o menor pudor, com total impunidade...

E ninguém faz nada ?

Para que serve a PGR ?

O que está aquele senhor a fazer no Palácio de Belém ?   Só despesas palacianas e carantonhas com um ar de "o que é que querem que eu faça" ?

E entretanto a TAP vai ser vendida por 20 milhões (efectivos) de euros.
Menos do que o valor do passe do Rui Patrício, guarda redes do Sporting e menos de 1/4 do que o Cristiano Ronaldo custou ao Real Madrid.
Talvez tanto como meia dúzia de apartamentos de luxo do ex-hotel Estoril Sol, em Cascais.

Transpondo aqui para a nossa santa terrinha, o valor que o Estado irá receber pela venda da TAP daria para pagar metade (!) da dívida acumulada por Paiva, Corvêlo e Carrão. 

O Tó Rebelo é que deve estar a babar-se de orgulho emocionado pelo prestígio do estadista e padrinho-novo...


VL

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

TOCA A PRIVATIZAR !!! Todo o apoio a SARAMAGO !!!









Privatizem tudo!

privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu,
privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei,

privatize-se a nuvem que passa,

privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno
e de olhos abertos.

E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,
privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez
a exploração deles a empresas privadas,
mediante concurso internacional.

Aí se encontra a salvação do mundo...

E, já agora, privatize-se também
a puta que os pariu a todos.

José Saramago, in Cadernos de Lanzarote – Diário III


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

MEDINA CARREIRA na mira dos "Relvas" !
















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Independentemente de estar ou não de acordo com as opiniões de Medina Carreira (e estou muitas vezes em desacordo com algumas improfundidades das suas análises), reconheço-lhe uma grande liberdade de espírito e de consciência, uma corajosa frontalidade ao dizer o que pensa.

Sem medo e sem preocupações de agradar, desagradar ou fazer fretes, seja a quem for.

Não conheço o detalhe dos contornos que levaram às buscas e suspeições.

Mas conheço suficientemente bem o baixo ou nulo estofo moral e cívico de indivíduos desqualificados que se prestam a todos os papéis.

Nada me surpreenderá se se vier a apurar que toda a operação foi cozinhada com um qualquer Canas ou Canals, a troco de actos de não justiça ou do encobrimento de muitos malfeitores que se sentam nos mais altos cadeirões do Poder, da Banca, etc.

E o Dr. Paulo Morais, arauto da denúncia da corrupção e dos corruptos, que se cuide.

Até prova em contrário, acredito na inocência de Medina Carreira e, públicamente, manifesto-lhe a minha solidariedade.

Estes acontecimentos trazem-me à memória os velhos e tenebrosos métodos da PIDE/DGS quando não hesitava em lançar as mais vis calúnias contra democratas íntegros que ousavam enfrentar a ditadura.

Basta lembrar as calúnias lançadas contra o PCP aquando do assasinato de Humberto Delgado pela PIDE, insinuando que o mesmo tinha sido "obra" dos comunistas.

MEDINA CARREIRA denuncia toda a corja que fez do roubo e da corrupção uma profissão, incomoda-os ao chamá-los pelo nome. Denunciou e denuncia todos os "Relvas" que chegaram à capital de calções e mala de cartão e que, sem profissão nem trabalho, viraram "homens de negócios", donos do Poder, tutores de primeiros-ministros, generais da Nova Maçonaria e multimilionários.


Mas a verdade, tal como o azeite, continuará a vir ao de cima. E virá !!!




VL

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A obsessão do angustiado procurador REBELO...

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As manobras tolas e ridículas a que a frustração e rejeição o expõem.

E depois parece julgar que ninguém enxerga o seu desespero.


Vote no melhor cabeça de lista PSD >>>

Repete exaustivamente no cabeçalho de cada post.





 
António B. Costa
2 (0%)
António L. Santos
46 (13%)
Carlos Carrão
31 (9%)
Graciete Honrado
5 (1%)
João Tenreiro
75 (22%)
José Perfeito
5 (1%)
Luís P. Graça
6 (1%)
Manuela Norte
2 (0%)
Rosário Simões
60 (17%)
Outro (filiado)
12 (3%)
Outro (independente)
90 (26%)    de que o Tó se quer apropriar para, de joelhos ou rastejando, ir implorar ao Relvas que faça dele o candidato laranja. Para além das trafulhices e manipulações possíveis na "votação", o maníaco obsessivo senhor nem vê que "Outro" pode implicar várias pessoas, ao contrário do que acontece com as outras hipóteses nominais.

Votos apurados: 334
Dias que restam para votar: 7
 
 
 
 
E é que o problema não é da idade...
 
Ele foi sempre assim.
 
Talvez porque sempre foi lacaio, pensando que por essa via chegaria a "delfim" de um qualquer padrinho.
 
E não percebe que os padrinhos o usam e descartam. Sempre !
 
Chega a meter dó, ver a agonia do TÓ(tó).
 
 
 
VL

 




 
 

 

TECNOFORMA - é tudo gente séria...


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Mais um exemplo do Bloco Central de Interesses (BCI). Até cheira a sigla de banco, talvez de fomento...ou de fermento.


Passos Coelho criou ONG financiada apenas pela Tecnoforma


A ideia foi do patrão da empresa de que Passos foi administrador. Organização teve também Marques Mendes, Ângelo Correia e Vasco Rato como fundadores.
Passos Coelho era então deputado em exclusividade e nunca declarou o cargo que ali exerceu Miguel Manso

 

Pedro Passos Coelho foi o principal impulsionador, em 1996, de uma organização não governamental (ONG) concebida para obter financiamentos destinados a projectos de cooperação que interessassem à empresa Tecnoforma. O primeiro-ministro escusou-se a comentar esta intenção atribuída à organização por vários antigos responsáveis pela Tecnoforma, que pediram para não ser identificados, mas assegurou ao PÚBLICO que sempre encarou “com seriedade” a iniciativa da criação da ONG pelos donos da empresa.
A organização, denominada Centro Português para a Cooperação (CPPC), funcionava em Almada, na sede daquela empresa de formação profissional, da qual Passos Coelho se tornou consultor em 2002 e administrador em 2006. Entre os seus membros figuravam Marques Mendes, Ângelo Correia, Vasco Rato, Júlio Castro Caldas e outras destacadas figuras do PSD.
Idealizado por Fernando Madeira, fundador e à época principal accionista da Tecnoforma, o CPPC foi, na prática, uma criação de Passos Coelho, então deputado em regime exclusividade. Foi ele, em colaboração com João Luis Gonçalves — um advogado que tinha sido seu secretário-geral na JSD e que em 2001 comprou, com um sócio, a maioria das acções da Tecnoforma — quem pôs de pé a ONG e encomendou os seus estatutos a um outro advogado, Fraústo da Silva, que também integrou o núcleo dos seus fundadores e foi igualmente dirigente da JSD.
Além de personalidades do PSD e dos donos da empresa, a ONG contou também com a colaboração de um deputado socialista, Fernando de Sousa, que era director da Acção Socialista, órgão oficial do PS, e foi eleito presidente da Assembleia Geral do CPPC por proposta de Passos Coelho. A organização tinha por objecto “o apoio directo e efectivo a programas e projectos em países em vias de desenvolvimento através de acções para o desenvolvimento, assistência humanitária, protecção dos direitos humanos e prestação de ajudas de emergência”.
No entanto, os três únicos projectos por ela promovidos que o PÚBLICO conseguiu identificar foram desenvolvidos em Portugal entre 1997 e 2000 e foram financiados em cerca de 137 mil euros pelo Fundo Social Europeu (FSE) e pela Segurança Social. Os respectivos processos foram pedidos pelo PÚBLICO, mas, segundo o Instituto de Gestão do FSE, dependente do Ministério da Economia, “não foi possível obter informação” sobre a sua localização.
Onze fundadores do CPPC ouvidos pelo PÚBLICO, incluindo Passos Coelho, afirmaram que a associação teve muita pouca actividade. Alguns, como Ângelo Correia e Marques Mendes, disseram mesmo que não tinham qualquer recordação dela — sendo que nenhum se referiu aos três projectos financiados pelo FSE.
Passos Coelho disse ter participado na preparação de duas outras acções, uma para Cabo Verde e outra para Angola, mas afirmou que nenhuma delas se concretizou por falta de apoios. Apesar da escassa actividade de que há registo público, a associação ocupou desde 1996 e pelo menos até 2001 um amplo escritório da Tecnoforma em Almada, pagando a empresa uma remuneração regular a alguns dos seus dirigentes e pondo ao seu serviço várias viaturas, nomeadamente um BMW e um Audi.
O primeiro foi atribuído ao presidente da Assembleia Geral, Fernando de Sousa, e o segundo a João Luís Gonçalves, um dos dirigentes da ONG que auferia uma remuneração. O advogado confirma ambos os factos, mas diz que o ordenado e o automóvel retribuíam os serviços que prestava como consultor da empresa, “desde 1995”, e não a sua colaboração no CPPC. Esta versão é desmentida por Fernando Madeira, o então dono da Tecnoforma.
Madeira negou também uma recente declaração de Passos Coelho ao PÚBLICO, em que este disse ter sido consultor da Tecnoforma desde o final de 1999 ou o princípio de 2000. “Tanto João Luís Gonçalves como Pedro Passos Coelho nunca tiveram rigorosamente nada a ver com a Tecnoforma enquanto eu lá estive, ou seja, até Agosto de 2001. É falso que Passos Coelho tenha sido consultor da Tecnoforma a partir de 2000”, garante.
Leia mais no PÚBLICO desta segunda-feira


Não esquecer que esta famigerada TECNOFORMA é aquela empresa das jogadas da dupla Relvas/Passos Coelho que se apresentou (como era conveniente) à insolvência, tal qual já aqui denunciámos e provámos documentalmente, em posts anteriores.

E é esta corja que está à frente dos destinos do país.

Muitos deles ostentando o aventaleiro adereço, comum entre "irmãos" que se protegem "à la Máfia"...



VL