segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

OS AMIGOS (do Relvas) SÃO PARA AS OCASIÕES...

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Com a devida vénia, retirado do "Público" de hoje :



Gabinetes de José Dirceu promoveram a entrada de Efromovich na TAP


As movimentações para Efromovich comprar a TAP arrancaram no final do Verão de 2011. Na primeira quinzena de Novembro de 2011, empresas luso brasileiras ligadas a José Dirceu ajudaram Efromovich a entrar na TAP. (quem será ou serão os lusos sócios ?) 
amil Bittar/Reuters



Na primeira quinzena de Novembro de 2011, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, sócio e irmão de José Dirceu, veio a Lisboa falar com altos responsáveis. Semanas antes, Miguel Relvas tinha recebido Efromovich, a pedido do empresário.
As consultoras brasileiras e portuguesas ligadas ao antigo chefe da Casa Civil do ex-Presidente da República Lula da Silva, José Dirceu, condenado a mais de 10 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção activa no caso Mensalão, promoveram a candidatura de Gérman Efromovich à privatização da TAP, a única proposta de compra da companhia aérea nacional que chegou a ser avaliada pelo Governo de Passos Coelho.
As movimentações para o Estado vender a TAP a Gérman Efromovich, dono da companhia aérea colombiana Avianca-Taca (ligada à Avianca Brasil), arrancaram em Setembro/Outubro de 2011 quando o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas recebeu o empresário (a pedido deste) para falar do possível investimento na TAP.
Os encontros foram confirmados ao PÚBLICO por Miguel Relvas: “O Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares recebe pedidos de audiência de vária índole” e “nesse âmbito, confirma que recebeu em Setembro e Outubro de 2011, pedidos de audiência do empresário mencionado para falar com o Governo Português sobre as suas intenções de poder vir a investir em Portugal”.
Os encontros “foram concedidos e decorreram, como é usual, com a maior cordialidade”. Relvas garante que desde que a privatização arrancou nunca mais teve contactos com Efromovich. Este empresário nasceu em 1950, na Bolívia, nacionalidade que recusou para assumir a colombiana (Avianca-Taca), a brasileira (Avianca Brasil) e a polaca/europeia (TAP).
Dias depois de Relvas ter recebido Efromovich começaram os contactos para ajudar Efromovich a entrar na TAP. Assim, na primeira quinzena de Novembro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, sócio e irmão de José Dirceu de Oliveira e Silva, deslocou-se a Lisboa para desenvolver contactos, ao mais alto nível, financeiros e políticos. O PUBLICO apurou que as reuniões foram articuladas com o escritório de advocacia português Lima, Serra, Fernandes & Associados (LSF), liderado por Fernando Lima, parceiro dos vários gabinetes de José Dirceu.
Contactado pelo PÚBLICO para comentar o papel que desempenhou na promoção da candidatura de Efromovich à compra da TAP, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva começou por fazer uma confusão o que o levou a declinar pronunciar-se por não conhecer Abramovich [o bilionário russo dono do clube inglês Chelsea]. Mas, depois dos necessários esclarecimentos, acabou por confirmar que veio a Lisboa, mas “só fui recebido pelo dr. Ricardo Salgado, presidente do BES”.
Para falar de Miguel Relvas aconselhou o PÚBLICO a falar com o advogado João Serra [sócio do Lima, Serra, Fernandes & Associados]: “Fala com o João Abrantes Serra. [...] porque neste momento, estamos a passar aqui por uma situação complicada e estamos a evitar contactos.” Uma menção ao Caso Mensalão que tem no epicentro o irmão, José Dirceu.
Recorde-se que O Globo, na sua edição de 28 de Outubro, publicou uma crónica de Ancelmo Goes onde este escreveu: “Quem está ajudando o empresário Gérman Efromovich a comprar a TAP é o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Portugal, Miguel Relvas” que “tem amigos influentes no Brasil — inclusive, Zé Dirceu.”
Em declarações ao PÚBLICO o jornalista referiu que Relvas possui, no Brasil, “uma rede de amigos” e observou que existe, hoje, “grande articulação entre as autoridades colombianas [a Avianca tem sede em Bogotá] e o governo português.”
Foi só depois de Luiz Eduardo ter regressado a São Paulo é que os nomes de Efromovich/Avianca/Sinergy (empresa através da qual o colombiano concretizou a sua oferta de compra da TAP) começarem a integrar de forma permanente e generalizada as listas dos potenciais candidatos a comprar a TAP, uma das privatização mais delicadas e polémicas, nomeadamente, por estar em causa uma empresa de bandeira emblemática e estratégica para Portugal.
Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial de Efromovich negou conhecer José Dirceu, Luiz Eduardo Oliveira Silva, João Serra ou Fernando Lima, apesar de no Brasil o seu nome ser colocado como estando próximo dos petistas ligados a Lula da Silva e a José Dirceu. Já o BES optou por não comentar as informações, enquanto Joao Serra alegou dever de sigilo profissional para não responder ao PÚBLICO.


Tudo às claras, sem o menor pudor, com total impunidade...

E ninguém faz nada ?

Para que serve a PGR ?

O que está aquele senhor a fazer no Palácio de Belém ?   Só despesas palacianas e carantonhas com um ar de "o que é que querem que eu faça" ?

E entretanto a TAP vai ser vendida por 20 milhões (efectivos) de euros.
Menos do que o valor do passe do Rui Patrício, guarda redes do Sporting e menos de 1/4 do que o Cristiano Ronaldo custou ao Real Madrid.
Talvez tanto como meia dúzia de apartamentos de luxo do ex-hotel Estoril Sol, em Cascais.

Transpondo aqui para a nossa santa terrinha, o valor que o Estado irá receber pela venda da TAP daria para pagar metade (!) da dívida acumulada por Paiva, Corvêlo e Carrão. 

O Tó Rebelo é que deve estar a babar-se de orgulho emocionado pelo prestígio do estadista e padrinho-novo...


VL

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

TOCA A PRIVATIZAR !!! Todo o apoio a SARAMAGO !!!









Privatizem tudo!

privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu,
privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei,

privatize-se a nuvem que passa,

privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno
e de olhos abertos.

E, finalmente, para florão e remate de tanto privatizar,
privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez
a exploração deles a empresas privadas,
mediante concurso internacional.

Aí se encontra a salvação do mundo...

E, já agora, privatize-se também
a puta que os pariu a todos.

José Saramago, in Cadernos de Lanzarote – Diário III


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

MEDINA CARREIRA na mira dos "Relvas" !
















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Independentemente de estar ou não de acordo com as opiniões de Medina Carreira (e estou muitas vezes em desacordo com algumas improfundidades das suas análises), reconheço-lhe uma grande liberdade de espírito e de consciência, uma corajosa frontalidade ao dizer o que pensa.

Sem medo e sem preocupações de agradar, desagradar ou fazer fretes, seja a quem for.

Não conheço o detalhe dos contornos que levaram às buscas e suspeições.

Mas conheço suficientemente bem o baixo ou nulo estofo moral e cívico de indivíduos desqualificados que se prestam a todos os papéis.

Nada me surpreenderá se se vier a apurar que toda a operação foi cozinhada com um qualquer Canas ou Canals, a troco de actos de não justiça ou do encobrimento de muitos malfeitores que se sentam nos mais altos cadeirões do Poder, da Banca, etc.

E o Dr. Paulo Morais, arauto da denúncia da corrupção e dos corruptos, que se cuide.

Até prova em contrário, acredito na inocência de Medina Carreira e, públicamente, manifesto-lhe a minha solidariedade.

Estes acontecimentos trazem-me à memória os velhos e tenebrosos métodos da PIDE/DGS quando não hesitava em lançar as mais vis calúnias contra democratas íntegros que ousavam enfrentar a ditadura.

Basta lembrar as calúnias lançadas contra o PCP aquando do assasinato de Humberto Delgado pela PIDE, insinuando que o mesmo tinha sido "obra" dos comunistas.

MEDINA CARREIRA denuncia toda a corja que fez do roubo e da corrupção uma profissão, incomoda-os ao chamá-los pelo nome. Denunciou e denuncia todos os "Relvas" que chegaram à capital de calções e mala de cartão e que, sem profissão nem trabalho, viraram "homens de negócios", donos do Poder, tutores de primeiros-ministros, generais da Nova Maçonaria e multimilionários.


Mas a verdade, tal como o azeite, continuará a vir ao de cima. E virá !!!




VL

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A obsessão do angustiado procurador REBELO...

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As manobras tolas e ridículas a que a frustração e rejeição o expõem.

E depois parece julgar que ninguém enxerga o seu desespero.


Vote no melhor cabeça de lista PSD >>>

Repete exaustivamente no cabeçalho de cada post.





 
António B. Costa
2 (0%)
António L. Santos
46 (13%)
Carlos Carrão
31 (9%)
Graciete Honrado
5 (1%)
João Tenreiro
75 (22%)
José Perfeito
5 (1%)
Luís P. Graça
6 (1%)
Manuela Norte
2 (0%)
Rosário Simões
60 (17%)
Outro (filiado)
12 (3%)
Outro (independente)
90 (26%)    de que o Tó se quer apropriar para, de joelhos ou rastejando, ir implorar ao Relvas que faça dele o candidato laranja. Para além das trafulhices e manipulações possíveis na "votação", o maníaco obsessivo senhor nem vê que "Outro" pode implicar várias pessoas, ao contrário do que acontece com as outras hipóteses nominais.

Votos apurados: 334
Dias que restam para votar: 7
 
 
 
 
E é que o problema não é da idade...
 
Ele foi sempre assim.
 
Talvez porque sempre foi lacaio, pensando que por essa via chegaria a "delfim" de um qualquer padrinho.
 
E não percebe que os padrinhos o usam e descartam. Sempre !
 
Chega a meter dó, ver a agonia do TÓ(tó).
 
 
 
VL

 




 
 

 

TECNOFORMA - é tudo gente séria...


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Mais um exemplo do Bloco Central de Interesses (BCI). Até cheira a sigla de banco, talvez de fomento...ou de fermento.


Passos Coelho criou ONG financiada apenas pela Tecnoforma


A ideia foi do patrão da empresa de que Passos foi administrador. Organização teve também Marques Mendes, Ângelo Correia e Vasco Rato como fundadores.
Passos Coelho era então deputado em exclusividade e nunca declarou o cargo que ali exerceu Miguel Manso

 

Pedro Passos Coelho foi o principal impulsionador, em 1996, de uma organização não governamental (ONG) concebida para obter financiamentos destinados a projectos de cooperação que interessassem à empresa Tecnoforma. O primeiro-ministro escusou-se a comentar esta intenção atribuída à organização por vários antigos responsáveis pela Tecnoforma, que pediram para não ser identificados, mas assegurou ao PÚBLICO que sempre encarou “com seriedade” a iniciativa da criação da ONG pelos donos da empresa.
A organização, denominada Centro Português para a Cooperação (CPPC), funcionava em Almada, na sede daquela empresa de formação profissional, da qual Passos Coelho se tornou consultor em 2002 e administrador em 2006. Entre os seus membros figuravam Marques Mendes, Ângelo Correia, Vasco Rato, Júlio Castro Caldas e outras destacadas figuras do PSD.
Idealizado por Fernando Madeira, fundador e à época principal accionista da Tecnoforma, o CPPC foi, na prática, uma criação de Passos Coelho, então deputado em regime exclusividade. Foi ele, em colaboração com João Luis Gonçalves — um advogado que tinha sido seu secretário-geral na JSD e que em 2001 comprou, com um sócio, a maioria das acções da Tecnoforma — quem pôs de pé a ONG e encomendou os seus estatutos a um outro advogado, Fraústo da Silva, que também integrou o núcleo dos seus fundadores e foi igualmente dirigente da JSD.
Além de personalidades do PSD e dos donos da empresa, a ONG contou também com a colaboração de um deputado socialista, Fernando de Sousa, que era director da Acção Socialista, órgão oficial do PS, e foi eleito presidente da Assembleia Geral do CPPC por proposta de Passos Coelho. A organização tinha por objecto “o apoio directo e efectivo a programas e projectos em países em vias de desenvolvimento através de acções para o desenvolvimento, assistência humanitária, protecção dos direitos humanos e prestação de ajudas de emergência”.
No entanto, os três únicos projectos por ela promovidos que o PÚBLICO conseguiu identificar foram desenvolvidos em Portugal entre 1997 e 2000 e foram financiados em cerca de 137 mil euros pelo Fundo Social Europeu (FSE) e pela Segurança Social. Os respectivos processos foram pedidos pelo PÚBLICO, mas, segundo o Instituto de Gestão do FSE, dependente do Ministério da Economia, “não foi possível obter informação” sobre a sua localização.
Onze fundadores do CPPC ouvidos pelo PÚBLICO, incluindo Passos Coelho, afirmaram que a associação teve muita pouca actividade. Alguns, como Ângelo Correia e Marques Mendes, disseram mesmo que não tinham qualquer recordação dela — sendo que nenhum se referiu aos três projectos financiados pelo FSE.
Passos Coelho disse ter participado na preparação de duas outras acções, uma para Cabo Verde e outra para Angola, mas afirmou que nenhuma delas se concretizou por falta de apoios. Apesar da escassa actividade de que há registo público, a associação ocupou desde 1996 e pelo menos até 2001 um amplo escritório da Tecnoforma em Almada, pagando a empresa uma remuneração regular a alguns dos seus dirigentes e pondo ao seu serviço várias viaturas, nomeadamente um BMW e um Audi.
O primeiro foi atribuído ao presidente da Assembleia Geral, Fernando de Sousa, e o segundo a João Luís Gonçalves, um dos dirigentes da ONG que auferia uma remuneração. O advogado confirma ambos os factos, mas diz que o ordenado e o automóvel retribuíam os serviços que prestava como consultor da empresa, “desde 1995”, e não a sua colaboração no CPPC. Esta versão é desmentida por Fernando Madeira, o então dono da Tecnoforma.
Madeira negou também uma recente declaração de Passos Coelho ao PÚBLICO, em que este disse ter sido consultor da Tecnoforma desde o final de 1999 ou o princípio de 2000. “Tanto João Luís Gonçalves como Pedro Passos Coelho nunca tiveram rigorosamente nada a ver com a Tecnoforma enquanto eu lá estive, ou seja, até Agosto de 2001. É falso que Passos Coelho tenha sido consultor da Tecnoforma a partir de 2000”, garante.
Leia mais no PÚBLICO desta segunda-feira


Não esquecer que esta famigerada TECNOFORMA é aquela empresa das jogadas da dupla Relvas/Passos Coelho que se apresentou (como era conveniente) à insolvência, tal qual já aqui denunciámos e provámos documentalmente, em posts anteriores.

E é esta corja que está à frente dos destinos do país.

Muitos deles ostentando o aventaleiro adereço, comum entre "irmãos" que se protegem "à la Máfia"...



VL  

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O que pensará o ilustre e douto Rebelo deste IGNORANTE ?

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Professor da Universidade de Lovaina atira contra o BCE e diz que Lisboa perceberá daqui a seis meses a um ano que austeridade falhou

De Grauwe: "Vítor Gaspar quer ser o melhor aluno da aula"

Paul De Grauwe
Paul De Grauwe
D.R.
29/11/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
Paul De Grauwe esteve em Lisboa, esta semana, para dar uma aula na conferência dos 50 anos do Instituto de Ciências Sociais. O professor de Economia belga não compreende como é que os políticos europeus - portugueses inclusive - continuam a insistir em tanta austeridade, pondo em cheque o ajustamento orçamental e o futuro do euro. É consultor de Durão Barroso e diz que a maior ameaça à moeda vem da Alemanha e do BCE. Está perplexo com o facto de não haver uma mudança de rumo.Existe uma cisão no BCE com o Bundesbank a demarcar-se do novo programa de compra de dívida [OMT]. A opinião pública alemã é hostil face ao suporte aos países do sul. A probabilidade de a Alemanha sair do euro existe? Essa probabilidade hoje já é maior do que a de Portugal sair do euro, por exemplo?
É difícil ligar probabilidades a estas coisas. Estamos perante processos históricos únicos que ainda não compreendemos muito bem. Mas podemos dizer que ambos os cenários podem ocorrer. No caso de Portugal, se vocês forem forçados a aplicar medidas de austeridade ao mesmo que tempo que o resto da zona euro faz o mesmo, de certeza que a economia vai continuar a decair, o desemprego a aumentar, vão aumentar ainda mais os incentivos para os mais qualificados saírem do país. Estou seguro que haverá um ponto no tempo em que, dado o nível de erosão económica, alguns políticos irão explorar a situação e ser eleitos por dizerem “já chega”. Alguém vai dizer: “a zona euro é um inferno, vamos sair daqui”.
Estão a empurrar Portugal para isso?
Claramente. Forçar um país a ir ainda mais longe na depressão económica através de um tratamento de choque vai dar mau resultado.
Acha que se está já no nível da humilhação?
Estão. No caso de Portugal estão, claramente. E tenho a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, haverá políticos que vão explorar isso, o que é também muito mau.
Mas perguntava-lhe pela Alemanha.
Sim, podemos encarar hoje, mais do que no passado, um cenário de eventual saída. A dinâmica subjacente, claro, é bastante diferente. O problema alemão está ligado a uma enorme desinformação das pessoas. Veja o caso do embaixador alemão aqui em Lisboa [Helmut Elfenkämper que esteve na plateia de um debate em que De Grauwe foi orador] que usou uma metáfora inacreditável de que os países da zona euro estão a subir uma montanha, mas é a Alemanha que está a carregar com o peso todo. É uma metáfora terrível porque o que está a dizer é “os alemães coitados carregam com tudo e vocês, portugueses, estão a explorar a Alemanha e a sua força”.
Mas os alemães endividaram-se - a juros mínimos é certo - para emprestar aos portugueses quando o país ficou sem acesso aos mercados.
Desculpe, a metáfora do embaixador é terrível. Em termos do fardo que está a ser carregado, é exatamente o contrário. São vocês que estão a pagar aos alemães essa dívida. Eles é que estão a lucrar com isso. Mas o facto é que, as pessoas acreditam nesta ficção da Alemanha estar a carregar todo o peso da zona euro. Isto pode gerar reações políticas problemáticas.
É uma narrativa fácil e populista?
É uma narrativa muito fácil. “Nós, alemães, temos sido virtuosos; vocês em Portugal, Espanha, e outros países, têm sido indisciplinados, preguiçosos e, portanto, têm de ser punidos”.
Diz que a Alemanha tem excedentes excessivos. O país tem alguma culpa nesta crise?
Sim. Penso que as responsabilidades nesta crise devem ser partilhadas. Onde existe um devedor insensato, existe algures um credor insensato. É preciso dois para dançar o tango. É impossível acreditar nesta história tal como ela é contada. Credores como a Alemanha deviam saber que os devedores iriam ter problemas sérios dado o ritmo do endividamento e a debilidades estruturais das suas economias, que são antigas. Deviam ter antecipado que quem muito empresta, também assume muito risco e que pode perder dinheiro com isso. A estupidez está dos dois lados, acredite.
Mas os chamados mercados, investidores, confiam cada vez mais na Alemanha.
Certo, mas veja que se trata de uma situação anormal. Os mercados estão em pânico e continuam a meter quase todo o dinheiro na Alemanha. A Alemanha está a conseguir emitir dívida quase de graça, mas não quer fazer nada que mude isto. Querem conservar esta posição. Para mim isto é um quebra-cabeças porque esta situação pode degenerar. Como é que não conseguem ver isso?
A sua questão é: como é que a Alemanha não começa a investir massivamente na Europa?
Claro. Qualquer empresa que consegue contrair crédito tão barato – será o caso quase generalizado das empresas alemãs – e que tenha imaginação e iniciativa terá vontade de usar esse dinheiro para investir em projetos lucrativos. Isto é do senso comum. Mas o incrível é que não está a acontecer.
Porquê?
Há uma falta de imaginação assustadora na Alemanha.
Pode dar um exemplo?
Veja o caso dos projetos ambientais. Hoje poderia haver um grande número de investimentos nessa área financiados a custos historicamente baixos e isso não está a acontecer! Seja na Alemanha ou fora do país. Simplesmente, não o desejam fazer.
Conhece o ministro das Finanças português? Que opinião tem dele?
Sim, conheço-o bem. Já nos encontrámos muitas vezes, é um homem muito inteligente. Mas infelizmente está a passar das marcas. Quer ser o melhor aluno da aula, mas está a esquecer um princípio básico: aplicar medidas de austeridade de forma tão rápida e intensa numa economia destrói o tecido produtivo de forma irreversível. Há demasiadas empresas a ir à falência, mesmo as boas. A produção cai a pique e, por arrasto, também as receitas do Governo. Gaspar não está a ver o óbvio: é que no fim disto tudo, Portugal terá uma economia feita em cacos e o país continuará com um problema orçamental por resolver.
Quando é que teremos provas desse erro de que fala?
Dentro de seis meses a um ano, o Governo vai perceber que nada disto deu resultado e vai querer repetir a dose. O meu conselho é que abrandem na austeridade.
Menos austeridade ou mais tempo para as medidas?
O que estou a dizer é que Portugal não pode estar sempre neste registo de ser mais austero do que os outros para ter os elogios da Alemanha ou de quem quer que seja. Já chega. Claro que o país está, de certo modo, condenado a aplicar medidas duras e impopulares. Precisa é de um período mais longo para esse programa. E ao mesmo tempo deve continuar a deixar claro que a estratégia é baixar o rácio da dívida, mas apoiada antes numa política mais condutora de crescimento. Isso ajudará a baixar a dívida. Se insistirem no que estão a fazer, não terão sucesso.
Idealmente, o ajustamento de Portugal deveria ser feito em quantos anos?
Depende do grau de austeridade no resto da zona euro. Se a zona euro também insistir em políticas destrutivas, as metas do ajustamento português serão sempre deslizantes. Mais de três anos terá de ser, seguramente.
Outra das razões da instabilidade relativamente às metas tem a ver com as decisões do Eurostat, que fazem com que mais e mais dívida seja reconhecida. Há aqui alguma coisa que Portugal possa fazer?
Penso que não. Esse fenómeno de reconhecimento das dívidas já é conhecido pelos economistas há muito tempo. Irving Fisher, na década de 30 do século passado, escreveu um artigo muito importante sobre a dinâmica de deflação em que defende que depois de um ciclo de expansão/colapso, o sector privado tem de fazer uma desalavancagem - reduzir a dívida. Mas só o pode fazer se alguém estiver disponível para assumir mais dívida. De outra forma: se toda a gente, ao mesmo tempo, pretender reduzir o endividamento, não se consegue solucionar o problema original.
Porquê?
Para se reduzir dívida tem de se poupar mais para se chegar a um equilíbrio. Mas se o sector privado tem de poupar mais, alguém vai precisar de pedir emprestado pois com a dinâmica da poupança passa a haver maior escassez de recursos na economia.
Portanto, na sua opinião, o que está aqui em falta na Europa são planos de ajustamento para os países com excedentes?
Exatamente, esses países devem aproveitar os custos muito baixos de financiamento para contrair mais crédito. Os mercados, aliás, estão a dar esse sinal há muito tempo, mostrando de forma inequívoca que estão dispostos a comprar a dívida da Alemanha. Há operações, como se sabe, em que esses investidores até estão dispostos a pagar para emprestar [taxa de juro negativa]. Os mercados estão a dizer para a Alemanha emitir mais obrigações e os alemães não querem! Isto é inconcebível.
A Europa tem em marcha medidas para tentar resolver esses desequilíbrios do lado dos excedentários.
Tem, mas é preciso fazer alguma coisa já, não daqui a uns anos. Os preços nos mercados estão a sinalizar algo, mas estão a ignorar isso. É completamente irracional porque as decisões estão a ser guiadas por emoções.
Essa irracionalidade pode sair cara à Alemanha e por arrasto a todos os parceiros europeus?
Acredito que sim. Há certeza muito e bons projetos na Alemanha à espera de arrancar. Financiar esse investimento a um custo mínimo só pode ser bom para a Alemanha no longo prazo, para além dos benefícios para a economia no curto prazo.
O BCE criou um programa de compras ilimitadas de dívida [OMT ou TMD - Transações Monetárias Definitivas]. Isso não levará o BCE a impor mais austeridade?
Penso que é essa a mentalidade, mas estão errados. O BCE não pode impor condições extra para além das que já existem que são muitas. O BCE podia ter esse papel de agente que entraria em cena para aliviar os efeitos da austeridade.
E não entra porquê?
Porque o BCE quer continuar a ditar a política orçamental, a impor condições sobre défices e dívidas. Essa responsabilidade cabe à Comissão Europeia. Costumo usar esta metáfora: os bombeiros (BCE) são distintos dos polícias (Comissão). O papel do BCE é apagar o fogo na zona euro, não largar as mangueiras e ir atrás de quem ateou o incêndio para o punir. É a Comissão que deve controlar e garantir que os Governos seguem as políticas corretas, que não assumem demasiado risco. E sancioná-los se for caso disso.
O BCE quer jogar nos dois tabuleiros?
Sim, porque o BCE não confia na Comissão Europeia.
Ainda não se sabe se Portugal poderá beneficiar do programa TMD. Tem pistas?
Deixe-me dizer-lhe o seguinte: acho que é um grande erro Portugal e outros países não estarem a ser envolvidos desde o início neste processo. O BCE devia assumir desde logo um compromisso para as compras de obrigações portuguesas, por exemplo. Penso que é um grande erro o BCE excluir Portugal deste programa, mas incluir Espanha, alegando que Portugal está sob um programa de ajustamento completo. Vocês precisam de mais liquidez para não se tornarem insolventes.
Portugal consegue regressar aos mercados em meados de 2013?
Portugal é um país solvente, mas tornou-se ilíquido pelas razões conhecidas. O risco de falhar o regresso aos mercados existe por causa da imposição de austeridade. Por outro lado, existe um perigo sério de este mecanismo (TMD) poder gerar, de facto, insolvência nos países que a ele recorram.
Porquê?
Por causa da condicionalidade que lhe está associada. A ideia é impor mais austeridade o que agrava o ciclo vicioso que referi há pouco, empurrando os países para a insolvência.
O BCE tornou-se, finalmente, no emprestador de última instância que tanto rejeitou ser?
Está a dar passos nesse sentido. Quando toda a gente está com aversão ao risco e quando este fenómeno se generaliza, como é possível estabilizar o sistema? O problema é que hoje ninguém, incluindo o banco central, quer deter ativos com risco; todos querem deter ativos líquidos. É preciso haver uma instituição que diga que está disposta a assumir risco quando mais ninguém quer. E isso é outra forma de ver a atividade do emprestador de última instância. O banco central pode assumir riscos e pode assumir perdas. Na verdade, não há limite para essas perdas já que o banco central é o emissor de moeda. Mas aparentemente, nesta crise, o banco central mostrou que não compreendeu o que era ser um banco central.
Maior receio de Paul De Grauwe é que políticos da estirpe de Gaspar vão perceber tarde os erros e ainda assim insistir em mais austeridade.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PS de Tomar - estratégia inalterada desde 2005

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Está lançada a 1ª candidatura às eleições autárquicas em Tomar.

Sem novidades, perfeitamente expectável, se repararmos com atenção na estratégia política e pessoal do verdadeiro líder - Luís Ferreira - desde 2004.

Liderou formalmente o PS e a estratégia eleitoral autárquica desde 2004 até à clamorosa derrota de 2005. Humilhado pela derrota, demite-se formalmente de presidente da CPC do PS Tomar e lança a candidatura de Hugo Cristóvão. Na prática, continua a exercer a liderança por interposta pessoa.

Em 2009, faz um simulacro de "directas" préviamente decididas e bem cozinhadas, depois de lançar e apoiar a candidatura de José Vitorino, indo ele em 2º lugar. Não fossem os enormes erros políticos dos IpT, a começar pela recandidatura de Pedro Marques, a que se juntaram outros erros de casting de bradar aos céus, o PS ficaria num ainda mais humilhante 3º lugar e apenas teria eleito Vitorino.

Ordena um acordo "aventaleiro" do PS com o PSD para garantir tacho e mordomias a si próprio e a alguns indefectíveis apoiantes, em troca da garantia da reeleição do Sô Dotôr Relvas como presidente da Assembleia Municipal.

Hugo Cristóvão e Luís Vicente são os protagonistas formais de um acordo relâmpago cozinhado entre os chefes efectivos - Miguel Relvas e Luís Ferreira (frente a frente, em posições aparentemente secundárias, mas sendo os únicos que olham para o fotógrafo).









 


Numa altura em que Relvas estava afastado de qualquer cargo institucional e/ou de poder, a qualquer nível.

Entretanto, ocorrem dois factos novos :

Relvas é derrotado nas eleições para a Mesa do PSD concelhio. É eleita uma nova direcção que não esconde a sua hostilidade ao casório de conveniência que aquele tinha celebrado com o "irmão" Luís Ferreira.

Hugo Cristóvão vai tomando algumas posições públicas dissonantes do verdadeiro líder, Luís Ferreira, e começa a dar sinais de cansaço com a subalternidade imposta pelo estratega-mor.

Nos entretantos, surgem vários episódios mais ou menos recambolescos envolvendo o Sr. Ferreira, de que se destaca a habitual boca desabrida e a boçalidade do inculto vereador aquando de uma programada vinda a Tomar do escritor António Lobo Antunes.

Relvas desempata contra Luís Ferreira a votação de uma censura ao mesmo na Assembleia Municipal e, na sequência disso, Corvêlo de Sousa pressionado pelo PSD local retira-lhe os pelouros da Cultura e do Turismo.

Daí ao divórcio do casório pomposamente celebrado no Hotel dos Templários foi um passo.

O casamento era de interesses, que não os de Tomar, e zás : chegou ao fim, sem honra nem glória para qualquer das partes.

No meio de todas estas confusões, Hugo Cristóvão bateu com a porta. Diplomáticamente, prenhe de boas maneiras, fazendo jus ao porte de "almofadinha" que faz questão de sempre exibir e cultivar.

Mas o verdadeiro líder não dorme. E volta a não dar a cara. Tem consciência que é um indivíduo e um político super "queimado".
Retoma a estratégia de 2005 :  continuar a assegurar a efectiva liderança do PS Tomar através de interposta pessoa.
E, desta vez, nem teve de procurar fora de casa.
Tinha a solução entre-paredes.
Lançou Anabela Freitas, sua companheira.

Continuou o seu trabalhinho de sapa, coisa em que é exímio, e viu que podia "matar dois coelhos" de uma só cajadada.
Se bem o pensou, melhor o fez.
E, ao que consta, será o 3º da lista para a Câmara, atrás da companheira e de Hugo Cristóvão. O projecto, o desígnio, o estilo, é MANDAR. Mas sempre por interposta pessoa.

E, fazendo fé nas declarações de José Mendes, que se recusou a votar e que ninguém desmentiu ou contestou, não terá havido discussão prévia da candidatura na CPC dominada pelo autoproclamado republicano, libertário e de bons costumes... 

D. Luís montou o cenário em ambiente conventual, chamou a comunicação social local, convocou a dita CPC para umas discursatas e uma festiva votação, seguidas de música e repasto.

Hugo Cristóvão foi o mestre de cerimónias, coadjuvado por Anabela Estanqueiro.

E D. Anabela subiu ao palanque, fez um discurso bem redondinho, banal, ôco, vazio de conteúdo programático e autoproclamando-se unilateralmente, sibílinamente, envergonhadamente, como a candidata de uma suposta unidade da esquerda liderada pelo PS e, claro está, por ela própria (leia-se por Luís Ferreira).

Diga-se que não fez diferente do que o PS está a fazer, arrogantemente, por todo o país. Para além de uma eventual posição pessoal é, seguramente, um ditame da cartilha/manual dos putos "sem-profissão" que dirigem o PS nacional.

Com esta estratégia, com estes actores e figurantes, o PS de Tomar só está a dar mais um contributo para a eventual eternização da direita na Câmara e a construir mais uma derrota eleitoral.

Sobretudo se os IpT conseguirem ver-se livres da canga política de Pedro Marques, se arranjarem cabeças de lista e candidatos à altura, se souberem construir aquela unidade de que o PS foge a sete pés.

Agora, resta esperar pelas estratégias e pessoas que vão dar corpo às candidaturas das restantes forças e/ou movimentos políticos.

Entretanto, vamos-nos divertindo com as científicas "sondagens" do director da "Folha do Relvas". Na primeira, sobre o PS, esqueceu-se de subdividir o "Outro" entre militante e independente. Esse erro impediu-o de capitalizar esses "votos" em proveito próprio.

Muito espertinho e tentando fazer dos outros parvos, lançou outra "sondagem", agora sobre o PSD, e já tendo o cuidado de subdividir o "Outro".

Resta esperar uns dias para ler a douta interpretação do messiânico homem. Que toda a gente já sabe qual vai ser.

Coitado do eterno candidato a candidato, seja por quem for. Ainda não percebeu que nem o PSD local nem o seu amo Relvas lhe "passam qualquer cartão". Apenas o olham como um lambe-botas descartável.

Não faltarão muitos meses para o ver dar nova cambalhota ou avançar de vez para um merecido recolhimento.


VL


domingo, 11 de novembro de 2012

PS de TOMAR - deserções à vista ?

                                                                                                                                                        109

Segundo informação colhida junto de fonte bem colocada, estarão em curso movimentações políticas que poderão conduzir à saída de vários destacados militantes do PS/Tomar.


Os fundamentos das divergências estarão relacionados com :

a) o modelo e o estilo de direcção vigente no PS local desde 2005, após a demissão virtual de Luís Ferreira da presidência da Comissão Política, assegurando contudo a direcção efectiva da estrutura dirigente local através de interpostas pessoas :


Primeiro através de Hugo Cristóvão e posteriormente através de Anabela Freitas, sua companheira. 


b) atitude e orientação política errática da actual direcção nacional do PS e do seu líder António José Seguro, mantendo uma congénita ambiguidade que dificulta e impede a construção de uma alternativa programática e de governo à esquerda.


Esperemos pelos próximos dias e semanas.
A vida encarregar-se-á de confirmar ou desmentir estes rumores.

O PS está numa encruzilhada em que terá de tomar um rumo, em que começará a não ter margem de manobra para continuar no pântano dos híbridos.

Tem de fazer opções, tem de escolher a cadeira em que se quer sentar :

- na do centro-direita
- na do centro-esquerda
- na da esquerda


Porque cada vez mais, a cada dia que passa, a linha divisória/fronteira passará pela ruptura ou não ruptura com o memorando da tróika.


O espantalho/papão da falta de dinheiro para pagar vencimentos e pensões de reforma é um embuste, uma chantagem primária.


Porque o país trabalha e produz riqueza todos os dias.

E cabe aos Portugueses (e só a eles) decidir como vão usar a riqueza produzida, que prioridades vão definir sobre o que pagam e o que deixarão em moratória, o que é bem diferente de dizer que não pagam o que for legítimo e justo pagar.
Tal como aconteceu com a própria Alemanha depois de ter destruído grande parte da Europa e de ela própria ter ficado em ruínas.


E ninguém se esqueça das condições que foram dadas à Alemanha pagar pagar a sua dívida resultante da bárbara destruição material infligida a muitos países. Para não falar nas dezenas de milhões de seres humanos que dizimaram, utilizando os mais dantescos instrumentos de morte.

E ninguém esqueça que a Alemanha só pagou uma parte dessas dívidas até ao início do processo de reunificação, em 1989.
Data em que, unilateralmente, declarou prescrito o resto da dívida.

E ninguém esqueça que foram a Alemanha e a França os primeiros incumpridores dos limites dos défices públicos impostos por eles próprios no Tratado de Maastricht.

E ninguém esqueça que, por serem os poderosos, não sofreram qualquer penalização de uma submissa UE.

Só que nessa época o Directório era bicéfalo. A França silenciou uns e Alemanha silenciou outros. E assim, ambos ficaram impunes.

Hoje já não há um Directório.

Há a velha potência de outrora - uma Alemanha novamente imperial - que já foi responsável pelas duas Grandes Guerras Mundiais.

E que é o lado europeu da III Grande Guerra Mundial onde, por enquanto, as armas económicas e financeiras se substituem às novas armas de destruição maciça.

E não são as do Saddam. São outras, mesmo a sério, que em poucos minutos destruirão todo o planeta.

Porque, pese embora todas as hipocrisias de tratados de não proliferação, são detidas, com maior ou menor alcance e poder de destruição por um vasto leque de países :


- EUA
- Rússia
- China
- vários ex-URSS
- França
- Grã-Bretanha
- Índia
- Paquistão
- Israel
- Irão
- Coreia do Norte

E não menos importante, todo o arsenal nuclear distribuído por dezenas ou centenas de submarinos e porta-aviões estratégicamente localizados em todo o mundo.

Agarrem num planisfério ou num globo. Assinalem estas localizações e vejam o potencial de destruição.


E não tenham dúvidas de duas coisas muito importantes:

- qualquer um lhe pode dar início.

- mas nenhum a GANHARÁ !

Porque não sobrará um braço e um punho para erguer a bandeira do "vencedor".






VL

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O RELVAS das broncas viu aprovada MOÇÃO DE CENSURA contra si.





ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TOMAR, reunida em 28 de Setembro de 2012, aprovou, por maioria, uma moção de CENSURA à mesa e particularmente ao seu presidente, MIGUEL RELVAS.


Esta decisão, da maior importância política, foi objectivamente silenciada e escamoteada pela comunicação social nacional, designadamente pelas TVs, Rádios e Jornais de maior audiência.

PORQUÊ ???

A mando ou sob pressão de quem ?

Registe-se que a moção foi amplamente discutida pela Assembleia, perante um silêncio cúmplice e ensurdecedor do visado.

Destaque-se ainda a falta de coragem política dos proponentes (IpT) que viria a ser salientada, e bem, pela intervenção (embora inconsequente) da socialista Anabela Freitas.

E dizemos inconsequente porque, tal como aconteceu com a oportuna e até corajosa intervenção do seu camarada Hugo Cristóvão, se ficaram pelas palavras.

A cobardia política, o  sectarismo, o calculismo eleitoralista e politiqueiro e algumas cumplicidades continuam a bloquear o simples entendimento entre PS, IpT, CDU e BE, em torno de uma proposta comum de destituição da mesa e de Miguel Relvas, eleição de uma nova Mesa com uma composição consensual, com o consequente agendamento da matéria para a próxima sessão ordinária da AM.


É revoltante ver uma ESQUERDA MAIORITÁRIA estúpida e fratricida a perpetuar no poder MIGUEL RELVAS e sus muchachos...


VL

terça-feira, 6 de novembro de 2012

TECNOFORMA de Passos e Relvas - o que se passou ?


Está decorrido quase UM MÊS e o Tribunal de Comércio de Lisboa, contrariando o procedimento normal em relação às empresas que se apresentam à insolvência, ainda não declarou a insolvência da TECNOFORMA, S.A., a celebrizada empresa envolvida em milionários negócios privados entre o gestor Passos e os dinheiros públicos geridos pelo governante Relvas, à época secretário de Estado do insuspeito Isaltino Morais.


QUEM SABE EXPLICAR PORQUÊ ?

O Sr. Dr. Juíz do 1º Juízo do TCL ?

A ministra da Justiça que enche a boca com "a força do exemplo" e o "fim da impunidade" ?

Seja quem for, deve vir a público explicar o que se passa de forma clara e transparente.

RÁPIDAMENTE !







Lisboa - Tribunal do Comércio de Lisboa
17 Processos encontrados
Número EntradaDatasPartesUnidade OrgânicaProcessoEspécie e Observações
704016Entrada:
11-10-2012
Distribuição:
12-10-2012
Insolvente:Tecnoforma - Formação e Consultoria, Sa
Credor:Banco Espirito Santo, Sa
Credor:Soprofor - Sociedade Promotora de Formação, Lda
Credor:BBVA - Banco Bilbão Vizcaya Argentaria, Sa
Credor:Banco BANIF
Credor:Ligia Dulce Silva Pereira
1º Juízo1794/12.6TYLSB

Valor:
7.500,00 €
Insolvência pessoa coletiva (Apresentação)
Entrega Electrónica - Refª 11295744



TOCA a por tudo em pratos limpos !!


VL



FINALMENTE !!!

Hoje, 08/11/2012, foi publicada a sentença que declara a insolvência da incómoda TECNOFORMA, S.A. :




1º Juízo do Tribunal do Comércio de Lisboa

ANÚNCIO

Processo: 1794/12.6TYLSB

Insolvência pessoa coletiva (Apresentação), Referencia: 2294874, Data: 08-11-2012

Publicidade de sentença e citação de credores e outros interessados

nos autos de Insolvência acima identificados

No Tribunal do Comércio de Lisboa, 1º Juízo, no dia 06-11-2012, ao meio dia, foi proferida

sentença de declaração de insolvência do devedor:

Tecnoforma - Formação e Consultoria, S.A., NIF - 501486291, Endereço: Rua Torcato José

Clavine, 13 C, R/c, Pragal, 2800-710 Almada, com sede na morada indicada.

São administradores do devedor:

Sergio Manuel Alves Porfirio, Endereço: Avª da Liberdade, 45 - 1º, 2795-000 Aguas de

Moura

Manuel António Nunes Cardoso Castro, Endereço: Avª Rio de Janeiro, 46 - 1º Esqº Fte,

1700-000 Lisboa, a quem é fixado domicílio nas moradas indicadas.

Para Administrador da Insolvência é nomeada a pessoa adiante identificada, indicando-se o

respetivo domicílio.

José Estevão Pinto de Oliveira, Endereço: Avª Conde de Valbom, Nº 67, 4º Esqº, 1050-067

Lisboa

Ficam advertidos os devedores do insolvente de que as prestações a que estejam

obrigados, deverão ser feitas ao administrador da insolvência e não ao próprio insolvente.

Ficam advertidos os credores do insolvente de que devem comunicar de imediato ao

administrador da insolvência a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem.

Não se declara aberto o incidente de qualificação da insolvência, por não se dispor de

elementos que justifiquem a sua abertura (alínea

i do artº 36 –CIRE)

Para citação dos credores e demais interessados - correm éditos de 5 dias.

Ficam citados todos os credores e demais interessados de tudo o que antecede e ainda:

O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias.

O requerimento de reclamação de créditos deve ser apresentado ou remetido por via postal

registada ao administrador da insolvência nomeado, para o domicílio constante do presente

edital (nº 2 artº 128º do CIRE), acompanhado dos documentos probatórios de que

disponham.

Mesmo o credor que tenha o seu crédito por reconhecido por decisão definitiva, não está

dispensado de o reclamar no processo de insolvência (nº 3 do Artº 128º do CIRE).

Do requerimento de reclamação de créditos deve constar (nº1, artº 128º do CIRE):

􀂷

A proveniência do(s) crédito(s), data de vencimento, montante de capital e de

juros;

􀂷

As condições a que estejam subordinados, tanto suspensivas como resolutivas;

􀂷

A sua natureza comum, subordinada, privilegiada ou garantida, e, neste último

caso, os bens ou direitos objeto da garantia e respetivos dados de identificação

registral, se aplicável;

􀂷

A existência de eventuais garantias pessoais, com identificação dos garantes;

􀂷

A taxa de juros moratórios aplicável.

Certificação CITIUS:

Elaborado em: 08-11-2012

É designado o dia 08-01-2013, pelas 10:00 horas, para a realização da reunião de

assembleia de credores de apreciação do relatório, podendo fazer-se representar por

mandatário com poderes especiais para o efeito.

É facultada a participação de até três elementos da Comissão de Trabalhadores ou, na falta

desta, de até três representantes dos trabalhadores por estes designados (nº 6 do Artº 72 do

CIRE).

Da presente sentença pode ser interposto recurso, no prazo de 15 dias (artº 42º do CIRE),

e/ou deduzidos embargos, no prazo de 5 dias (artº 40º e 42 do CIRE).

Com a petição de embargos, devem ser oferecidos todos os meios de prova de que o

embargante disponha, ficando obrigado a apresentar as testemunhas arroladas, cujo

número não pode exceder os limites previstos no artigo 789º do Código de Processo Civil (nº

2 do artº 25º do CIRE).

Ficam ainda advertidos que os prazos para recurso, embargos e reclamação de créditos só

começam a correr finda a dilação e que esta se conta da publicação do anúncio.

Os prazos são contínuos, não se suspendendo durante as férias judiciais (nº 1 do artº 9º do

CIRE).

Terminando o prazo em dia que os tribunais estiverem encerrados, transfere-se o seu termo

para o primeiro dia útil seguinte.

Informação -
Plano de Insolvência

Pode ser aprovado Plano de Insolvência, com vista ao pagamento dos créditos sobre a

insolvência, a liquidação da massa e a sua repartição pelos titulares daqueles créditos e pelo

devedor (artº 192 do CIRE).

Podem apresentar proposta de Plano de Insolvência o administrador da insolvência, o

devedor, qualquer pessoa responsável pelas dívidas da insolvência ou qualquer credor ou

grupo de credores que representem um quinto do total dos créditos não subordinados

reconhecidos na sentença de graduação de créditos ou, na falta desta, na estimativa do Sr.

Juiz ( artº 193º do CIRE).

A Juiz de Direito,

Dra. Maria de Fátima dos Reis Silva

O Oficial de Justiça,

Vanda Terras Gonçalves