quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

IDA AOS "MERCADOS" - manobra de pressão política




Post ACTUALIZADO em 11/3/2013









O Relvas não aparece em nenhuma foto porque, para além de ser "dr" em relações internacionais e não saber falar inglês, está altamente especializado em negócios pan-africanos que exigem "qualidades de excelência". Aqui só tem intervenção activa como MINISTRO DA PROPAGANDA, MENTIRAS, EMBUSTES e AFINS.



Os sacrosantos "MERCADOS" entraram em pânico com a possibilidade de um tribunal superior da República Portuguesa - o TRIBUNAL CONSTITUCIONAL - declarar, com força obrigatória geral, a inconstitucionalidade de várias disposições do tenebroso Orçamento de Estado aprovado pela maioria PSD/CDS e promulgado pelo inquilino do Palácio de Belém.


A par dessa situação, lançaram a trapalhada da "refundação do Estado", "discutida" à porta fechada e sob as instruções censórias do ministro Relvas, da Propaganda.
Operação desencapotada para cortar 4.000 milhões de euros na despesa pública, visando apenas a destruição do Estado Social que nasceu e cresceu em Portugal só após o 25 de Abril, quase 40 anos depois de se ter transformado na maior conquista civizacional europeia do pós-guerra.

Neste quadro, a direita nacional, europeia e mundial arquitectaram rápidamente uma MENTIRA e um EMBUSTE com tanto de sibilinos, quanto repugnáveis.

Com um único objectivo :

Pressionar de forma contundente e inadmissível os juízes do TRIBUNAL CONSTITUCIONAL no sentido de deixarem passar, sem mácula, o OE de 2013 e a sua política de espiral recessiva contínua.


A MENTIRA e o EMBUSTE foram montadas e assentam sobre "tijolos" de areia :


1º "tijolo"


Repentinamente, num misterioso passo de mágica , da noite para o dia, a UE e a TRÓIKA passaram PORTUGAL de um País à beira de ter sido reprovado na "6ª avaliação" e com sério risco de isso vir a acontecer na 7ª, a realizar na 2ª quinzena de Fevereiro próximo, tudo devido a não ter atingido os objectivos resultantes do acelerado empobrecimento e destruição do aparelho produtivo e de mais de 1 MILHÃO de EMPREGOS, da economia real, do País e dos Portugueses - NÃO redução do défice, NÃO redução da dívida externa, insucesso nas desbaratadas e obscuras privatizações da TAP e da RTP, etc., para um PAÍS quase perfeito, um OÁSIS bem visível para quem, há poucas horas a PROPAGANDA ainda só falava numa ténue esperança de, no final de 2013, vislumbrar uma luz ao fundo do túnel. 
A tal ponto que, no espaço de poucas horas, ao colo do BES(I), do alemão DEUSTCH BANK, do inglês BARCLAYS e do americano J.P.MORGAN, sob a batuta do Sr. JUNCKER, presidente do Conselho de Administração da maior OFF-SHORE da Europa - o LUXEMBURGO - se apresentaram aos "mercados" e foram alvos de uma procura em quíntuplo, saldada por uma taxa de juro inferior a 5%.
MILAGRE !
MILAGRE !



Como foi frutuoso o lunch de trabalho que juntou à mesma mesa DEUS, Relvas, Passos, Gaspar e Juncker.


2º "tijolo"




Simultâneamente, as caridosas STANDARD & POOR'S e MOODY'S vêm dizer que fazem depender uma melhoria do rating de Portugal da decisão que for tomada pelo TRIBUNAL CONSTITUCIONAL da República Portuguesa em relação ao ORÇAMENTO da pobreza, do esbulho fiscal e da recessão continuada - 1,9 % de um optimista Banco de Portugal, em contraste com a consciente mentira dos 0,9% do almofadinha GASPAR. 


3º "tijolo"


A eufórica festa dos arquitectos caseiros do EMBUSTE.
Como foi lindo e comovente vê-los com as câmaras de televisão atrás, espalhados pelo País, a exultar para os holofotes do CIRCO.
Que lindo foi ver a festa de PALHAÇOS, RICOS e pobres, de encantadores de serpentes, de malabaristas e ilusionistas a comemorar o ÊXITO da operação, com e sem champanhe ou vinho do Porto :

PRESSIONAR e CONDICIONAR os juízes do TRIBUNAL CONTITUCIONAL.




PRESSIONAR E CHANTAGEAR psicológicamente os Portugueses no sentido de os adormecer, manipular e fazer crer na bondade de políticas que, na sua grande maioria, apenas visam um ajuste de contas com o 25 de Abril e as conquistas civilizacionais alcançadas.


Estes são os PRINCIPAIS, se não os ÚNICOS objectivos desta gigantesca OPERAÇÃO DE MENTIRA E PROPAGANDA.

E lamento não ter OUVIDO um único dirigente político das OPOSIÇÕES a dizê-lo e denunciá-lo.

Isso é bem revelador da qualidade da MAIORIA DOS POLÍTICOS PROFISSIONAIS que deviam apresentar uma ALTERNATIVA REAL, CONCRETA E CREDÍVEL AO PAÍS.

Preferem passar o tempo a contemplar os seus majestosos UMBIGOS, a cultivar o SECTARISMO e o espírito de seita, a cuidar dos seus negócios obscuros nos conclaves das novas MAFIAS - a nova Maçonaria que acolhe os mais descarados corruptos e o beato OPUS DEI que alberga a parte que, ferverosamente, bate com a mão no peito e suga os recursos gerados pelo trabalho de milhões de Portugueses - vidé os exemplos paradigmáticos dos "pobres" reformados JARDIM GONÇALVES e do excomungado delfim PAULO TEIXEIRA PINTO.

RESUMINDO E CONCLUINDO :


É preciso, é urgente, desmontar e denunciar esta IGNÓBIL OPERAÇÃO de pressão ilegítima e sibilina sobre o TRIBUNAL CONSTITUCIONAL e sobre a justa indignação e revolta dos Portugueses.


É um dever de CIDADANIA e um imperativo PATRIÓTICO.


Se a MENTIRA e o momumental EMBUSTE conseguirem "encostar" os Portugueses e o Tribunal Constitucional, o que espero e desejo que não aconteça, ficaremos perante uma incompreensível INCAPACIDADE POLÍTICA das esquerdas em cumprirem com o seu papel histórico em momento tão grave da vida nacional.



E embora as CULPAS e RESPONSABILIDADES não sejam iguais e devam ser graduadas, o que sobra é um contributo para a eternização da direita mais radical e revanchista no Poder.


E isso é INACEITÁVEL, é CRIME, num País que tem uma maioria sociológica de esquerda e num momento em que há raras condições para definirem uma política de alianças muito ampla que leve à queda do governo de RELVAS e "sus muchachos".


ADENDA (11/3/2013):


A decisão recente da agência FITCH de passar a considerar a dívida soberana portuguesa em lixo ESTÁVEL, visa o mesmo objectivo.

Apenas surge agora porque se aproximam as decisões do Tribunal Constitucional.

De igual modo tem de ser entendida a decisão do governo e da tróika em adiarem a divulgação pública das novas medidas de austeridade decorrentes do anunciado corte de 4.000 MILHÕES de euros na despesa do Estado, designadamente nas despesas sociais.

E ninguém deve deixar de ter presente que a correlação de forças no Tribunal Constitucional foi recentemente alterada e que a presidência (que pode valer 2 votos) passou a estar nas mãos de um juíz indicado pelo PSD.


VL

      


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