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Tomar só tem futuro se os gestores da coisa pública - Câmara Municipal, Assembleia Municipal, Assembleias e Juntas de Freguesia - aplicarem rigorosamente a receita que Ernâni Lopes apontou para o País e que, magistralmente, sintetizou no quadro acima.
A gestão da coisa pública não pode ser entregue a vaidosos, ambiciosos e incompetentes, cujos valores são, no essencial, os que constam da coluna esquerda do quadro. E, infelizmente, Tomar tem muitos. Sempre em bicos de pés e à espreita da oportunidade de se sentarem à manjedoura do Orçamento Camarário, ou seja, comendo muito e trabalhando pouco e mal à custa do pagode.
O caminho certo só pode passar por encontrar homens e mulheres identificados com os valores da coluna do lado direito, que se unam em torno de um programa realista, exequível, sustentado e sustentável, com visão pluri-mandatos, financeiramente cabimentado, com um objectivo estratégico central ( O QUE QUEREM PARA TOMAR NAS PRÓXIMAS DÉCADAS) bem claro, rompendo em absoluto com a irresponsável cultura do betão, dos elefantes brancos, das obras de fachada, do descontrole financeiro, do obsceno endividamento.
É absolutamente vital romper com as práticas ultra-burocráticas, caldo de cultura para elevados níveis de corrupção, tirar poder de decisão aos técnicos e dirigentes corruptos e desencadear processos de inquérito e diciplinares que terminem com decisões justas, transparentes, exemplares e disuasoras de práticas inadmissíveis.
É verdadeiramente prioritária a definição uma política efectiva, concreta, de apoio, estímulos e incentivos aos investidores, que marque a diferença em relação aos concelhos da região, e fundamentalmente assente em critérios majorados para a criação de emprego, desenvolvimento de tecnologias de ponta, produção de bens transacionáveis, nível de valor acrescentado e projectos de produção agrícola e florestal com elevado potencial na redução de importações.
Mas isto jamais se conseguirá fazer com políticos profissionais, com boys e girls de qualquer cor, com teóricos que papagueiam "saberes" livrescos.
Tem que ser com gente cujos saberes sejam de experiência feita, tanto melhor se aliados a boas bases teóricas.
Tem que haver um líder que o saiba ser - aceite pelos outros, galvanizador, com autoridade sem ser autoritário, com espírito e capacidade de mobilizar os eleitos de todas as cores, que faça do exemplo uma forma de estar e estimular os outros.
Tem que haver uma equipa com saberes multidisciplinares.
Estes homens e mulheres encontram-se, transversalmente, em toda a sociedade tomarense - assim os dirigentes do PS, dos IpT, da CDU, do BE sejam capazes de pensar que podem não ser eles as pessoas com as características necessárias. Vejam para além dos aparelhos e das vaias partidárias. Pensem em Tomar e nos Tomarenses em vez de pensar em satisfazer ambições pessoais e/ou partidárias.
TOMAR MERECE !
VL
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