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O significado e alcance político dos resultados destas eleições internas no PSD/Tomar vai muito para além de uma contenda democrática normal num concelho médio.
Não houve apenas um vencedor e um derrotado. Há vários vencedores e vários derrotados.
E o derrotado principal não é Carlos Carrão, simples marionete ambiciosa do grande perdedor da noite - MIGUEL RELVAS - que não conseguiu reassumir a liderança concelhia do PSD por interposta e submissa pessoa.
Mas há outro derrotado - António Rebelo - procurador e mandatário político concelhio de Relvas para o universo extra-PSD, coadjuvado pelos seus sócios Correia e Leal.
E porquê derrotado?
António Rebelo tem uma fixação, uma obsessão doentia em não "arrumar as botas" sem ser presidente da Câmara e só presidente, já que o lugar de vereador é, para tão enciclopédica personalidade, desprestigiante.
A sua colagem a Relvas e ao relvismo não estará desligada desta sua obsessão/ambição. Daí que estas eleições internas no PSD lhe devam ter causado sentimentos muito contraditórios. Por entender que, fosse qual fosse o resultado, perderia sempre.
Se Carrão ganhasse, muito difícilmente conseguiria travar a sua candidatura em 2013 ou antes. Se Carrão perde-se, como perdeu, a influência do seu padrinho Relvas difícilmente o conseguirá impôr como hipótese à Direcção de João Tenreiro. Isto na hipótese (apesar de tudo muito remota) de Relvas o querer para mais alguma coisa que não seja a de ser "a voz do dono".
Abordando este resultado eleitoral noutra perspectiva, muitas perguntas se colocam :
Carrão terá algum assomo de dignidade política e cívica demitindo-se ?
João Tenreiro vai manter a confiança política em Carrão ?
O PS e os IpT vão manter "a máquina ligada" a uma Câmara moribunda ?
O PS, os IpT, a CDU e o BE vão ter capacidade para ultrapassar o lamentável episódio sectário da CDU e sentar-se rápidamente para discutir e concertar posições que levem à destituição de Relvas ?
Compreenderão que a destituição de Relvas de presidente da AM terá repercussões políticas locais, mas sobretudo nacionais ?
Compreenderão que a garantia de por fim à "eternização" do PSD no poder, apenas poderá passar por um projecto protagonizado por pessoas dessas áreas políticas, não profissionais da política, com currículo profissional e competências técnicas e humanas, com capacidade de liderança, sem "rabos de palha" ?
A maioria do eleitorado e sobretudo dos Tomarenses mais interessados na vida colectiva, aguardam respostas claras a estas e outras perguntas.
Há que drenar e clarificar o pântano político local.
COM URGÊNCIA!
PARA BEM DE TODOS!
Virgílio Lopes
Como tomarense e português vou pensando e discorrendo livremente, sem amarras ou coleiras partidárias, sobre o futuro da minha Terra e do meu País. Nuns momentos dando prioridade a Tomar e noutros ao País de que somos parte. Sempre muito focado, num caso e no outro, nas peripécias e responsabilidades de MIGUEL RELVAS e SUS MUCHACHOS na desgraça do País (onde foi o efectivo 1º Ministro) e na ruína de Tomar, onde foi cacique mor e presidente da Assembleia Municipal durante 16 anos.
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