O TÓ e o Relvas ESTALINISTA...
vale, por si só, um fascículo.
Leiam, deliciem-se com a prosa de um TROCA-TINTAS químicamente puro...
O senhor presidente da Assembleia Municipal de
Tomar, se por acaso não tem andado, e anda, a tentar reinar com os cidadãos
tomarenses, imita muito bem. Com efeito, basta comparar estes três editais para
nos apercebermos de que o senhor Miguel Relvas, certamente cidadão do top,
porquanto secretário-geral do PSD, braço direito de PP Coelho (que todavia não
é maneta), ex-secretário de Estado e putativo ministro de Estado, usa de
artimanhas, igualmente conhecidas por golpadas ou espertezas saloias, para não
ter de, eventualmente, aturar os eleitores nabantinos.
Primeira golpada, que se vem repetindo -A Assembleia Municipal
de Tomar, apesar da crise profunda que assola o concelho, só é convocada quando
a lei a isso obriga. Irá agora reunir na 4ª sessão ordinária, em 30 deste mês,
quando em Almeirim, por exemplo, (ver ilustração infra), já vão na sétima
sessão. Quase o dobro.
Segunda golpada, que também se vem repetindo -A Assembleia
Municipal de Tomar, contrariando todas as regras da democracia, do bom senso e
da boa educação, é sistematicamente convocada para horas laborais. Sendo legal,
não passa de um expediente reles, pois assim só poderão assistir reformados,
pensionistas, aposentados e desempregados. Em qualquer dos outros casos (ver
ilustrações infra), os parlamentos locais são convocados para após a hora de
jantar.
Terceira golpada, que também se vem repetindo -Ao contrário do
que acontece na generalidade dos outros concelhos, não consta do
edital-convocatória qualquer indicação sobre intervenções dos cidadãos. O que
naturalmente não facilita, antes torna quase impossível, ouvir o que os
eleitores queiram e/ou necessitem de dizer.
Quarta golpada, que também se vem repetindo - A aprovação
de uma grelha de tempos, sobretudo como estratagema para silenciar a oposição,
não passa de uma esperteza saloia, mascarada de alegado tecnicismo nimbado de
justiça, para esconder o seu óbvio propósito estalinista.
Quinta golpada, que também se vem repetindo -Quando, apesar
de todas as prévias e deliberadas dificuldades criadas, algum cidadão tem a
coragem de enfrentar a actual maioria de circunstância, o respeitável senhor
presidente Miguel Relvas, apesar da sua proclamada paixão por Tomar, já deu
corda aos sapatos, rumo aos ares mais acolhedores e sadios da capital. Deixa o
parlamento tomarense entregue aos ajudantes do pastor. E os tomarenses que não
se queixem porque, por enquanto, os ajudantes ainda não são cães Serra da
Estrela. Mas com o tempo, nunca se sabe!
Publicada porAntónio Rebeloem9/24/2010 09:29:00 a.m.
O que irá na moleirinha deste TÓ, nino "cheio de mundo", quando hoje lhe relembramos o que dizia há 3 anos ?
Ou apenas devemos entender este narcísico e ambicioso "recuperador de casacas" à luz do popular provérbio ? :
Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu..."
E se alguém ainda tem dúvidas sobre a "coerência" do TÓ, leia o mimo que a seguir trancrevemos.
Escrito menos de 1 ano depois...
Fabulástico ou VERGONHOSO ?
Segunda-feira, 10 de
Janeiro de 2011
NOTAS FINAIS
1 - A julgar pelos comentários que foram
chegando a Tomar a dianteira (os publicáveis e os outros), está a levantar
alguma celeuma a minha atitude em relação à prestação de Miguel Relvas, na
ronda inaugural do novo programa semanal da Rádio Hertz "À mesa do
café". De lambe-botas a vendido ao inimigo, há um pouco para todos os
gostos. Compreende-se. Vivemos felizmente num regime aberto, onde cada qual pode
dizer o que quer. E então ao abrigo do confortável anonimato...
Basicamente, reprovam-me o facto de não ter
interpelado o convidado, no estilo do que costumo fazer nos escritos aqui do
blogue. São os formatados pelo estilo das nossas rádios e televisões, cujos
jornalistas convidam personalidades para as ouvirem, mas depois não lhes dão
tempo nem as deixam falar. O que os críticos de "À mesa do café"
gostavam era de um bom combate de galos, de preferência com ambos os galos
derrotados e muito "sangue", para grande satisfação do seu óbvio
sadismo latente. Viram frustradas as suas expectativas e agora protestam. Se
tivessem pago algum bilhete de entrada, estariam certamente a esta hora a
reclamar a devolução do dinheiro.
2 - No meu fraco entendimento, os incomodados
com a minha actuação estão simplesmente equivocados. São involuntárias vítimas
de um facto universal e constante, em que muito poucos reparam, mas ao qual
ninguém escapa. Estou a referir a circunstância de o futuro estar sempre a
acontecer, sendo presente quando ocorre, para logo a seguir ser passado. Dado
ser em geral muito problemático e trabalhoso prever o futuro, é muito mais
cómodo olhar para e guiar-se pelo passado, pelo que já aconteceu, por aquilo
que já conhecemos. Por isso os leitores de Tomar a dianteira estiveram na
expectativa, depois frustrada, de assistirem a uma refrega oral, com
frontalidade e desassombro, como é costume aqui no blogue.
3 - Aconteceu que o convidado Miguel Relvas
-para minha grande surpresa- agiu como um verdadeiro político/homem de Estado.
Certamente não por mim mas pela consideração que tem pelos que fazem a Rádio
Hertz, informou-se atempadamente sobre as características do programa para o
qual o convidavam, disse o que pensava sobre o mesmo e garantiu que não
faltaria. Fiel ao que lhe fora transmitido, comecei em estilo coloquial,
visando vir a conseguir uma conversa serena, tanto quanto possível desinibida e
sem pretensões. Qual não foi a minha surpresa ao constatar (com íntima
satisfação, confesso) que Miguel Relvas (meses antes um perigoso ESTALINISTA) não só percebera na perfeição o que
dele se pretendia, em termos de tonalidade geral, como preparara com minúcia
resposta a todas as questões antes publicadas aqui no blogue. Quando percebi
isso, logo na sua primeira resposta, exultei e decidi abster-me de supérfluas
intervenções, para evitar cortar-lhe o fio à conversa. Devo dizer que não estou
nada arrependido, bem pelo contrário. Tal como o blogue não é feito para eu me
ler, o "À mesa do café" também não o é para eu me ouvir. Só
intervirei quando necessário e para ajudar os convidados a
"desembucharem", se for caso disso.
4 - Goste-se ou não, Miguel Relvas sentiu-se
solto, soube aproveitar e saiu-se muito bem. Tanto melhor para ele e para
Tomar. Não é com vinagre que se apanham moscas, nem é à força que se arranjam
amigos, susceptíveis de nos ajudarem numa eventual emergência. Como ele próprio
referiu a dado passo, "Não podemos continuar a pisar os que não pensam
como nós". Sobretudo em nome de uma pretensa superioridade moral que está
por demonstrar, acrescento eu.
5 - Alegam alguns comentadores, menos vividos
nestas andanças (labregos e pobretanas - a maioria dos tomarenses...), que ele assim teve a tarefa facilitada, pois evitou responder
a perguntas incómodas. É o que vos parece, direi eu. Aconteceu o mesmo que com
o "homem a andar no arame". É facílimo, mas se lá forem malham cá em
baixo em menos de um fósforo. Falta-vos a longa e cuidada preparação/treino.
Relvas saiu-se bem, chegou até a ser excelente, porque se preparou a preceito,
demonstrando assim o seu profissionalismo. Por outro lado, não deixa de ser curioso
que esses das tais perguntas incómodas que eu deveria ter feito, não tenham
tido a coragem de aparecer para as colocar. A emissão foi pública e havia até
um jornalista disponível, com o microfone à disposição...
6 - Aos que ainda assim se sentem defraudados
nas suas expectativas, aconselho a leitura dos posts anteriores a este sobre o
mesmo tema e -sobretudo- a audição daa gravação, no site da Rádio Hertz. Terão
então ocasião de verificar que Miguel Relvas, usando um tom convivial, tipo
"com o coração nas mãos", abordou quase todos os tópicos analisados
aqui ao longo dos tempos: As forças políticas não têm qualquer projecto, não há
uma linha de rumo, o debate local tem pouca qualidade, é preciso um abanão, a
coligação funciona mal, a Festa dos Tabuleiros está algo mumificada, o
Politécnico não está a corresponder às expectativas, o desenvolvimento terá de
ser regional, a sessão extraordinária da AM sobre a crise foi um desastre, a
imprensa tomarense é medíocre, o projecto da Levada deve ser reexaminado à luz
da nova realidade, Carrão está preparado para ser presidente, não são
necessárias novas eleições locais etc. etc. etc.
7 - A concluir, sinto-me forçado a dizer que
"as coisas são aquilo que são". O convidado saiu-se de forma
excelente, como já referido. Além disso, conseguiu algo que só está ao alcance
dos melhores -convencer e empolgar, mesmo os adversários políticos de boa fé,
como é o meu caso.
Levou-me à certa, deu-me a volta, iludiu-me? A
ver vamos. "Dá tempo ao tempo irmão; o tempo dar-te-á todas as
respostas". Em todo o caso, também já cá ando há muito tempo, tenho alguma
tarimba, leio muito e já molhei os pés no Atlântico, no Índico, no Pacífico, no
Mediterrâneo, no Mar Vermelho, no Mar Morto, no Mar do Norte e no Cabo Horn.
Ou, para usar uma conhecida metáfora
desportiva adaptada, "já em tempos virei muita franga". Mas não sou
assim muito inteligente; lá isso é verdade. É o que se pode arranjar aqui pelas
margens nabantinas...
Publicada porAntónio Rebeloem1/10/2011 10:25:00 a.m.
DÚVIDAS ? QUEREM MAIS CLARO ?
E não esqueçam:
O ministro-ANEDOTA comprou muitos TÓS...
Mas só se pode comprar quem se VENDE !
E não esqueçam:
O ministro-ANEDOTA comprou muitos TÓS...
Mas só se pode comprar quem se VENDE !
VL
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