domingo, 10 de junho de 2012

Comida requentada... ou mais uma tentativa desesperada do OFERECIDO RR

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Diz o OFERECIDO RR (relvista Rebelo) :



"Resta a situação do PSD nabantino. O seu tradicional motor afastou-se de facto, assoberbado com funções bem mais nobres e importantes para o País e, bem vistas as coisas, também para Tomar. Os seguidores que deixou na Praça da República são boas pessoas, mas seria uma ofensa à verdade considerá-los de primeira ou mesmo de segunda água em matéria política e de gestão. Sabedores disto, os opositores locais do actual ministro-adjunto do primeiro-ministro já conseguiram cumprir com empenho e com êxito a primeira parte da sua espinhosa tarefa -o branqueamento político. É já consensual no seio da opinião pública que nada têm a ver com os que estão. Faltam as outras duas: 1 - Arranjar um cabeça de lista corajoso, experiente, credível e compatível com a tragédia local; 2 - Elaborar um programa simultaneamente realista, entendível pelo eleitorado e susceptível de alavancar a ansiada retoma, iniciando a reanimação de um concelho em paragem cardíaca.
Quanto ao primeiro, não vai ser nada fácil. Como bem referiu Rui Rio, nas autarquias muito endividadas, deviam ser nomeadas comissões administrativas, em vez de haver eleições, pois os autarcas seguintes não poderão fazer praticamente nada, apesar de eventualmente não terem culpa nenhuma do descalabro. Terá sido sobretudo nisto que pensou António Lourenço Santos, para declinar o "honroso" encargo, nesta altura envenenado? Qualquer que seja a resposta, a realidade já é outra. Fala-se agora com insistência naquele senhor Cupertino, que endereçou uma enigmática carta aberta ao presidente da câmara, nas colunas de Cidade de Tomar, há duas ou três semanas.
Dizem tratar-se de um brilhante empresário, "que não precisa da câmara para nada, porque está cheio de dinheiro". A ser assim, Tomar estará já na posição de um clube desportivo falido, que só um mecenas poderá ressuscitar, faltando agora apurar se o dito senhor nababo nabantino também estará farto de estar bem. Pronto portanto para aceder ao inferno que é o império burocrático da Praça da República.
Sobre o outro ponto, o programa, as coisas também não são nada fáceis. O PSD nunca soube fazer coisas dessas, não há dinheiro para espatifar com empreendimentos megalómanos de ostentação e aquela palermice do CEDRU praticamente esgotou-se. Falta apenas a Várzea Grande e pouco mais. A rampa é cada vez mais íngreme..."


Digamos que os sublinhados poderiam adaptar-se aos considerandos de uma proposta, faltando apenas a conclusão.

Que bem poderia ser do género:

Face a esta trágica situação, só resta uma alternativa, uma messiânica alternativa :

Convidar António Rebelo.

Porquê?

Ele não diz no post...mas julga-se o "cabeça de lista corajoso, experiente, credível e compatível com a tragédia local " e o proprietário exclusivo do "programa simultaneamente realista, entendível pelo eleitorado e susceptível de alavancar a ansiada retoma, iniciando a reanimação de um concelho em paragem cardíaca. ".

E tem o direito de assim se considerar, pese embora estarmos muito longe de isso, uma coisa e outra, serem uma evidência clara para a esmagadora maioria dos cidadãos do concelho (ou sequer da cidade).

De qualquer forma, só tem de se apresentar a votos, com ou sem o apoio do admirado e venerado MOTOR (Relvas) , na lista do PSD ou numa nova candidatura independente.

Confesso  que gostaria imenso que Sua Excelência   se apresentasse, até e sobretudo para aferir as virtuosidades do anunciado programa milagroso que insiste em manter guardado no cofre forte, qual segredo de Estado "ultra-classificado"?

Termino com a manifestação da minha enorme curiosidade em relação aos líderes das listas que se apresentarão em 2013 (ou antes), bem como aos programas, sobretudo no que refere a vectores de desenvolvimento estratégico que não sejam apenas em torno do turismo ou de listagens de "betão" que não passam de copy-paste dos anteriores programas, ou seja, relativos à reorganização real dos serviços do Município e consequente redução e desmaterialização da burocracia e corrupção instaladas, à reindustrialização do concelho, ao desenvolvimento das potencialidades agro-florestais, ao aproveitamento do IPT e sua ligação à actividade económica e às empresas do concelho e da região. 

O PS apresentar-se-á com Anabela Freitas ou com Luís Ferreira? O que decidirá Luís Ferreira? As "primárias" serão algo mais do que uma encenação para "legitimar" a decisão de Luís Ferreira ou até do casal de putativos candidatos?

Será que os IpT vão insistir na aposta repetida e falhada de Pedro Marques? Terão coragem para se assumir como um verdadeiro Movimento, em vez dos súbditos do candidato da eternidade?

E a CDU e o BE, quem irão apresentar?

E o CDS vai concorrer sózinho, conforme indicia a reactivação de estruturas dirigentes concelhias?

E ainda:

Será viável e exequível uma coligação PS, IpT, CDU e BE ?

Estarão dispostos a abdicar dos interesses e ambições pessoais ou de "capela" em detrimento da nossa terra, unir-se em torno de um projecto que mobilize os eleitores e a população e escolher as pessoas apenas segundo critérios de seriedade e competência indiscutíveis, do espírito de servir a causa pública e não servir-se dela, independentemente de opções político-ideológicas ?

Serão, por uma vez, capazes de romper com a triste imagem que as populações têm dos titulares de cargos políticos e públicos ?

Se tal acontecesse, PSD e CDS concorreriam sózinhos ou coligados?

Estas quatro últimas perguntas são particularmente relevantes e pertinentes quando PSD, PS e CDS se preparam para impôr EXECUTIVOS monocolores, apenas sujeitos a "oposição" na Assembleia Municipal. Se hoje, com Executivos multipartidários, as clientelas partidárias maioritárias protagonizam toda a espécie de "poucas vergonhas", imagine-se o que poderá vir a ser com CÂMARAS dominadas por um só partido ou coligação e protagonizadas por pessoas que apenas visam servir-se, servir os amigos e apaniguados, dar largas a vaidades e ambições de protagonismo político-social e poder pessoal.

E o drama é que tudo isto pode acontecer e ser legitimado pelo voto dos tomarenses, mais ou menos manipulado por velhos e experientes caciques colocados em postos chave - autarquias, IPSSs, Misericórdia, alguma hierarquia e estruturas religiosas, colectividades, clubes desportivos e pequenos lobbys dos mais variados interesses.

E de nada vale assobiar para o lado, revirar os olhos para o céu ou tentar dizer que estas realidades são "fantasmas" meus ou de quem quer que seja.

As pessoas sérias, atentas, esclarecidas, não manietadas ou manietáveis por "cegueiras" e obediências partidárias sabem que esta realidade existe e está, quotidianamente, no terreno.
Com tremendos prejuízos para o(s) concelho(s) e para o País.

É tempo de começarem a responder, sem manigâncias, sem equívocos, à pergunta que deu e dá título a este blogue :

TOMAR - QUE FUTURO ?

VL

1 comentário:

  1. Então ? Esquece a conclusão?

    Ou o alemão saltou-lhe para as costas...

    Aguente-se camarada!

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