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segunda-feira, 9 de julho de 2012

QUE PÉROLA !!!....

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Em 26/4/2012 tínhamos aqui dito:




"Quinta-feira, 26 de Abril de 2012

Tão "INIMIGOS" que eles eram ...

Mais um mimo do malabarista Rebelo :

"Após uma recente e agradável conversa com Carlos Carrão, começo até a acreditar que o principal responsável pelo status quo pode até nem ser ele. Há na autarquia e fora dela muito boa gente, eleita ou não, a quem interessa sobremaneira que se mantenha o presente descalabro local..."

Como se um simples "peão", bem fraquinho por sinal, pouco mais que comissário para os passeios do "tintol e bailarico" pudesse ser o principal responsável do descalabro, do esbanjamento e da dívida.

A hercúlea e impossível tarefa de branquear as responsabilidades efectivas, reais, indisfarçáveis, de Relvas (o ideólogo) e de Paiva (o executante), conduzem o afilhado Rebelo e o seu remanescente heterónimo aos píncaros do ridículo.


Para além de ser, entre outros, um dos "bonecos articulados e movidos a cordel" da máquina de votar que assegurava as votações maioritárias que viabilizavam os projectos inúteis e megalómanos de Relvas e Paiva, o que é que o "desgraçado" do Carrão tem a ver com o que lhe era imposto pelo "papá" e pela "mamã" ???"


Em 06/7/2012 a Rádio Hertz diz :
"TOMAR – Autarquia apresenta saldo negativo de seis milhões nos Fundos Disponíveis de Julho

 



A Câmara Municipal de Tomar apresenta, para este mês de Julho, um saldo negativo nos Fundos Disponíveis que se aproxima dos seis milhões de euros. Esta é uma situação deveras preocupante, que limita a autarquia de uma forma praticamente insustentável. Este cenário foi admitido por Carlos Carrão, que não poupou críticas à Lei dos Compromissos. O autarca disse mesmo que a aplicação «cega» deste regulamento faz com que a Câmara não se possa comprometer com qualquer cêntimo que seja. Aliás, foi avançado como exemplo a questão das garantias bancárias para a substituição do piso sintético do campo municipal.


A autarquia está prestes a receber a verba para proceder à substituição... mas se o dinheiro chegar entra em saldo negativo e o relvado não pode ser mudado: «Há uma informação da Divisão Financeira que diz que os fundos disponíveis para Julho são de 5 milhões e 960 mil negativos. Ou seja, face à Lei, não é possível avançar para qualquer compromisso. À partida, a Câmara Municipal não pode comprometer-se com mais um cêntimo, seja no que for. Julgo que a aplicação cega da Lei é um disparate, pelo que admito que não seja para levar a sério e que existam alternativas. A Câmara tem receitas provenientes de outras entidades para fazer aos custos com determinados programas e o que acontece, levando isto à letra, é que esses valores entram como receitas. Posso receber o dinheiro mas não posso pagar às pessoas. Estamos a receber os cheques das garantias bancárias da obra do estádio, para a substituição do relvado sintético, sendo que esses duzentos e tal mil euros entram nas receitas mas como estão negativas não posso fazer a substituição do piso. Isto é perfeitamente incompreensível. Mas julgo que as pessoas estão a começar a perceber isso mesmo... Houve um "levantamento de ranchos" das autarquias relativamente aos transportes escolares e às refeições porque, levando esta Lei à letra, no próximo ano lectivo, não haveria transportes e nem refeições para ninguém! Desde esta quarta-feira, a Câmara fica impossibilidade de se comprometer com qualquer situação. Alguma coisa tem que ser feita sob pena de fecharmos a porta e irmos todos embora». Perante este cenário deveras preocupante, os Independentes por Tomar, pela voz do vereador Pedro Marques, exigiram uma reacção, nomeadamente com a convocação de uma Assembleia Municipal: «Temos que solicitar uma reunião na Assembleia Municipal e teremos que ver se o presidente da Mesa marca presença. Nada melhor do que isso. Ainda na última sessão, foram colocadas várias questões e Miguel Relvas não respondeu. Isto cansa! As pessoas têm funções mas não as assumem em pleno. Ele também é Ministro e, por isso, não toma posição sobre algumas coisas que são colocadas. Há incompatibilidades! Ele tem que assumir isso mesmo. Eles sabem qual é a intenção da Lei... A pouco e pouco, estaremos perto da agonia completa. Isto vai ser o bom e o bonito. Isto tem de acabar de uma forma ou de outra. Quando as pessoas reagem como reagem em relação a alguns responsáveis políticos... temos que perceber que ninguém está livre desta situação. Há que reagir. Não há outra forma! Isto é um garrote às autarquias. Onde está a autonomia do poder local?»."





Agora, HOJE, 08/7/2102, vem o inefável Rebelo dizer/proclamar :




"Domingo, 8 de Julho de 2012


FINALMENTE!!!


Como os leitores puderam tomar conhecimento em tempo oportuno, há meses que implicitamente aguardava este momento. Mais precisamente desde a altura em que aqui avancei que a solução mais conveniente para os tomarenses era a demissão do actual executivo, logo seguida de eleições intercalares. Infelizmente, tal não aconteceu. Essencialmente devido ao facto de os eleitos que temos considerarem dois factos que estão por demonstrar: A - Basta ir aguentando o barco e recebendo as respectivas retribuições, que o tempo fará o resto; B - Os eleitores punem sempre quem provoca eleições antecipadas.
Com tal hipotética cobertura ideológica, vivemos há pelo menos seis meses desgovernados por uma autarquia que não faz nem deixa fazer. Um peso morto que só complica. Até que -FINALMENTE!!!- acossado pelas medidas de austeridade e a braços com a situação que ele próprio foi criando, Carlos Carrão se viu forçado a desabafar, ousando dizer o que lhe vai na alma. Em recentes declarações à Rádio Hertz, que podem ser lidas clicando aqui, disparou forte: "Alguma coisa tem de ser feita, sob pena de fecharmos a porta e irmos todos embora."
Apela depois implicitamente a Miguel Relvas, na sua dupla camisola de presidente da AM e de membro influente do governo, acusando-o de não conseguir desempenhar cabalmente as suas múltiplas tarefas. E remata com uma interrogação tipicamente jardinista: "Onde está a autonomia do poder local?" Noutros termos, em tomarês corrente: Ou o governo ajuda o município que agora lidero, aliviando-lhe um pouco o garrote da austeridade, ou eu provoco uma desgraça política.
É claro que Carrão nunca fará semelhante coisa. Falta-lhe coragem política e sobretudo estatuto dentro do PSD. O que nos vai obrigar a arcar com o actual executivo-trambolho até Outubro do ano que vem. Uma verdadeira desgraça para o concelho, pois vão ser mais 15 meses perdidos. Numa conjuntura cada vez mais difícil. Por isso me vejo forçado a ser um pouco mais cruel que o habitual, respondendo taco-a-taco ao ilustre autarca. "Onde está a autonomia do poder local?!" -No fundo do abismo financeiro para onde a arrastaram as megalomanias dos autarcas. "Alguma coisa tem de ser feita, sob pena de fecharmos a porta e irmos todos embora." -Estão à espera de quê? Há cada vez mais eleitores a pensar que já deviam ter ido há muito tempo."







1 comentário:

  1. Rebentaram com as Câmaras e agora queixam-se da lei...E curiosamente quando falta dinheiro é sempre para as refeições ou para os transportes escolares e nunca paras as festarolas ou para o ordenado do staff!

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