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quarta-feira, 4 de julho de 2012

RELVAS - desventuras do "Dr. Chanceler" (actualizada)

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É PRECISO TER MUITA "CATEGORIA" !...

Público



É PRECISO TER UM CURRÍCULO PROFISSIONAL DE "estalo", como o Ricardo Araújo Pereira aqui realça e enfatiza :


http://www.radiocomercial.iol.pt/player/silver/?speed=4&wma=/rcomercial/0T1Y3X1A-V4UO-WCTB-H1I3-4GKD7TS0NOZ8.wma&album_cover=/upload/T/topo_300x300.jpg&linha1=Arquivo%20de%20Programas&linha2=Doutor%20instantâneo&linha3=Rádio%20Comercial&linha4


Mas vamos lá aos currículos académico e profissional (oficiais) do "Chanceler":

De acordo com noticia do "Dinheiro Vivo"  "Segundo o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares a duração do curso foi encurtada devido a "equivalências", relacionadas com a sua frequência do curso de História e Direito, na década de 80.


A fazer fé nas respostas dadas pelo seu gabinete ao "Público", entre 1979/1980 e 1983/1984, andou frequentando os 11º e 12º anos. Sempre com notas brilhantes terá concluído o 12º ano.

Pergunto : concluíu integralmente o 12º ano e candidatou-se a alguma Universidade pública, sujeitando-se a concurso nacional, entrou sem concurso na Universidade Livre sem se ter candidatado à Universidade Pública, ou entrou apenas porque foi rejeitado no concurso para a pública ?

Em 1984 inscreveu-se no curso de Direito da ULivre mas apenas conclui uma cadeira com uns brilhantes 10 valores.

Em 1985 pediu à ULivre a transferência para o curso de História e declarou à AR que andava no 2º ano de Direito. Matriculou-se em 7 disciplinas e não fez nenhuma. Ainda mais brilhante.

Entre 1985 e 1995 teve direito a merecido descanso pelo esforço dispendido e para recuperar as queimadas pestanas resultantes do estudo e resultados "exemplares".

Mas em 1991 lá foi corrigir a "mentirola" das falsas habilitações no registo da AR.
Diz agora, à pressa, que foi um lapso. Um lapso de 6 anos, bem característico de todos os "arrivistas e carreiristas" que pululam na política contemporânea, especialmente no "Centrão de Interesses".

Em 1995, já recuperado do esforço anterior e após termo da 1ª experiência governativa como secretário de Estado de Isaltino Morais, requereu o reingresso na ULusíada (uma das sucessoras da Livre) , desta vez pedindo a transferência para o curso de Relações Internacionais. Não frequentou quaisquer cadeiras.

Pudera...

Começava a brilhante carreira de "consultor" e "gestor" que o conduziriam à "comenda" de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro...e a outros feitos e muitas façanhas...

Resumindo:

Durante a sua longa e "brilhante" carreira académica no ensino superior, e até ser admitido na Lusófona, conseguiu fazer UMA (1) cadeira com a "distinta" classificação final de 10 valores, após frequência escrita e prova oral.

Finalmente, em 07/9/2006, ONZE ANOS DEPOIS, saltou mais uma vez. Desta, para a outra sucedânea da ULivre - a Lusófana.
Inscreve-se no curso de Ciência Política e Relações Internacionais. Por despacho de 26/10/2006 é admitido.

Em 24/10/2007, 363 dias depois de admitido, depois de "fazer" apenas 4 das 36 cadeiras do curso, é declarado DR. Relvas, com 11 valores !

É o que se pode chamar um PRODÍGIO!...

Ou melhor : O PRODÍGIO!

Estávamos perante um SOBREDOTADO!...

A quem a Universidade foi obrigada a reconhecer o extraordinário percurso académico de 27 anos...

...E um não menos brilhante currículo profissional :



Como se vê, até 01/4/2005, não tinha profissão.

Ser deputado é exercer um cargo que pode ser desempenhado por qualquer cidadão elegível, incluindo os "sem profissão.
Mas não é uma profissão.

O mesmo se pode dizer para os cargos de presidente da Assembleia Municipal de Tomar ou da Assembleia da Comunidade do Médio Tejo, que a Assembleia da República apenas classifica como "ACTIVIDADES".


Mas agora vejamos o currículo depois de deixar de ser um "sem profissão" :

Em 30/9/2005, com data de 01/8/2005, logo após a saída do "honroso" lugar de secretário de Estado do ISALTINO, dá entrada no Gabinete do Presidente da Assembleia República um requerimento solicitando que "...cesse o Estatuto de Exclusividade como Deputado..." e informando que passaria a ser Consultor da SGS.

Começava a carreira-tipo da generalidade dos ex-governantes em Portugal : saltitar em funções de topo de grandes empresas ou grupos empresariais, nacionais e estrangeiros, "vendendo" e "traficando" influências decorrentes da anterior condição de "comensal" sentado à privilegiada "manjedoura" do Poder Central.

Assim :

Em 18/01/2006 dá entrada na Comissão de Ética da AR a segunda missiva anunciando que o "chanceler" assumira funções de "Consultor" da Sociedade Barrocas, Sarmento, Neves, com sede nas Amoreiras-Lisboa.

Pergunto : Qual é o objecto social desta sociedade ? Qual o nome completo dos três sócios que constam na designação social ? Já desempenharam cargos políticos ou funções públicas ? Quais ? Quais as funções desempenhadas pelo "chanceler" ? Quais as suas habilitações académicas e competências profissionais que aconselharam a contratação ? 

Em 24/7/2006 é dirigida nova missiva à mesma Comissão da AR em que o "chanceler" comunica "...assumi funções de Consultor na Empresa Roff-Consultores Independentes, S.A., com sede na Torre de Monsanto em Algés.

Pergunto o que já perguntei anteriormente.

Em 30/5/2007 nova missiva dirigida à mesma entidade em informa que "assumi funções como administrador da empresa Kapaconsult - Consultadoria e Gestão, S.A., com sede na Av. Duarte Pacheco (Amoreiras?), em Lisboa.

Pergunto o mesmo que já perguntei em relação às duas empresas anteriores.

Em 18/10/2007 (em vésperas de ser "promovido"
a Dr.) nova missiva solicitando "...que se proceda às seguintes alterações no meu registo de interesses:"
Comunica então que embora mantenha uma participação de 33% - 130.000$00 (será que não redenominaram o capital para euros ?) na empresa Cofeco- Consultores Limitados, com sede em Coruche, a empresa "se encontra sem actividade".
Comunica ainda que passa a ter "Participação ocasional em actividades remuneradas", ou seja, "Reunião de consultadoria ao Conselho Institucional da Merck, Sharp e Dohne (MSD), que reune semestralmente"

Pergunto : Em relação à Cofeco, qual o objecto social, que actividades desenvolveu enquanto activa, quantos postos de trabalho criou ? Contribuíu regularmente para a receita da Administração Fiscal ?
Em relação à MSD, quais as qualificações académicas e competências profissionais relevantes para a sua participação como "conselheiro" de um dos maiores grupos mundiais da indústria farmacêutica ?


Ou julgam que os Portugueses são parvos ?


Se continuasse com a descrição, lá vinham as Euroclínics, Finertec, etc., etc., já tudo após "licenciatura".

Quem quiser ver todos os detalhes, basta clicar em :

http://www.parlamento.pt/DeputadoGP/Paginas/Biografia.aspx?BID=124



Mas... voltando aos fundamentos da decisão do Conselho Científico da Lusófona - 26/10/2006 - de valoração do currículo académico e profissional do "chanceler" que lhe determinaram a atribuição do grau de "licenciado" com a frequência e avaliação em apenas 4 cadeiras, o que temos ?


Currículo académico :

26 anos para fazer o 12º ano com as brilhantes notas que já vimos.

Distinta carreira no ensino superior, em vários cursos, concluíndo, na globalidade, UMA (1) única cadeira.
Com a impressionante classificação final de 10 VALORES.


Currículo profissional :


SEM PROFISSÃO, tal qual consta da folha de rosto do REGISTO DE INTERESSES da Assembleia da República, até Setembro de 2005.


Consultor da SGS, da Barrocas, Sarmento, Neves e da Roff. Já que, são as únicas (3) experiências profissionais que poderiam ser avaliadas pelo Conselho Científico da Lusófana. E curtas - iniciadas em 30/9/2005 (quando finalmente deixou de ser um "SEM PROFISSÃO"), 18/01/2006 e 24/7/2006. A primeira com um ano de actividade, a segunda com 9 meses de actividade e a terceira com 2 meses de actividade. O que dá um total acumulado - em part-times - de 23 meses de trabalho !?
É OBRA!...

Com todo o respeito pelos Srs. Cientistas do dito Conselho, era bom que explicassem ao País como poderam ser tão determinantes para a sua douta decisão ESTES DISTINTOS CURRÍCULOS - académico e profissional.

Como é que uma cadeira tirada com 10 valores pode EQUIVALER a 32 cadeiras de que o dispensaram ?

Digam, expliquem lá "doutos senhores" !...

Também deverão ser deveras curiosas as posições ou os silêncios cúmplices do Sr. Rebelo e seus acólitos, procurador-chefe do "chanceler" em Tomar e adjuntos.

Também curioso será ver se as oposições vão, cobardemente e por mero calculismo eleitoral e partidário, continuar a manter a presidência da Assembleia Municipal entregue ao "M.I. Dr." Miguel Relvas.

Quanto à manutenção do "chanceler" no Governo da República, apenas lembro o seguinte :

FRANCISCO SOUSA TAVARES demitiu-se de um governo porque apenas tinha recebido uns trocados de uns honorários de um trabalho que realizou no estrangeiro. Só que o "velho tareco" era feito de outra massa. Tinha vergonha e carácter. Era um homem do 25 de Abril que as imagens da época imortalizaram de megafone na mão, em cima duma guarita de sentinela do quartel da GNR do Largo do Carmo, frente a Salgueiro Maia.

ANTÓNIO VITORINO demitiu-se de um governo imediatamente após uma acusação vil e injusta de ter fugido às suas obrigações fiscais, tal qual se veio a provar. É um caso em que, à partida, sabia estar a ser injustamente "alvejado", mas preferiu a demissão à suspeição.

CARLOS BORREGO demitiu-se de um governo por apenas ter "infantilmente" anedotado com a história dos elevados teores de alumínio nas água de aparelhos de hemodiálise no Alentejo.

MANUEL PINHO demitiu-se de um governo porque comentou uma intervenção de um deputado com uma irreflectida tirada gestual de "uns corninhos".

Compare-se qualquer das situações com os ESCÂNDALOS POLÍTICOS do "chanceler" àcerca das secretas, das ameaças aos jornalistas do "Público", desta pouca vergonha de se tornar "Dr." à podôa...

Se quiser mais uns pormenorzitos, pode ainda clikar em :


http://www.tretas.org/MiguelRelvas


E a procissão ainda está só a sair do adro...

E as oposições continuam a não ter coragem para denunciar e desmascarar, à escala nacional, o RELVAS-autarca, responsável primeiro pelo descalabro económico, social e demográfico deste nosso concelho.

E o que diz Passos Coelho a tudo isto?

"É um não assunto"...
"Não há qualquer ilegalidade"...

E o MINISTRO DA EDUCAÇÃO, não tem nada para dizer ?
O assunto é alheio ao seu ministério, ao seu "rigôr"?
Nem um inquérito "faz de conta" ?

E "O Mirante", não diz nada sobre a sua personalidade do ano que chegou a ter 6 fotos simultâneas na edição on-line?

E os órgãos de comunicação social de Tomar, não têm nada para dizer/informar àcerca de um escândalo que envolve o presidente da Assembleia Municipal ?

Onde estão os deveres deontológicos e os estatutos editoriais ? Para que servem ? Onde está o respeito pelas populações que os lêem e sustentam?


QUE NOJO!... digo eu, que sou plebeu.


VL



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