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domingo, 8 de julho de 2012

REBELO - o exemplo mais acabado do "eunuco" SERVIÇAL

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ANTÓNIO REBELO bateu no fundo !

Ao que a AMBIÇÃO DE PROTAGONISMO e a VAIDADE podem levar um ser humano ?

Neste caso, à CEGUEIRA, à mais degradante SUBMISSÃO e ao SERVILISMO mais repugnante !

Só a doentia e obstinada obsessão pelo cargo de Presidente da CMT, só o acreditar que pode concorrer pelo PSD e assim beneficiar, à partida, de um significativo nº de votos a que corresponderá o eleitorado fixo daquele partido, podem conduzir a publicar um texto "RELIGIOSO" como o que a seguir se transcreve e tentar legitimar os desvergonhados procedimentos que levaram à "turbo - licenciatura" do Sr. Relvas.   

 

 

Sábado, 7 de Julho de 2012


EXPRESSO FALHA FUZILAMENTO MEDIÁTICO

EXPRESSO, 07/07/2012, primeira página

Nem de propósito. Quando esta manhã escrevi sobre o comportamento lamentável de alguns periódicos no caso Relvas/Lusófona, estava longe de supor que o mais prestigiado dos jornais portugueses, O EXPRESSO, fundado pelo seu actual proprietário Francisco Pinto Balsemão, já enveredara também por aquilo que os gauleses apelidam de jornalismo de valeta. Vamos aos factos.
Após o PÚBLICO, o CORREIO DA MANHÃ e o i, o jornal de referência para a maioria dos portugueses não olhou a meios para atingir o seu objectivo -acabar com o governante Relvas quanto antes. Como? Fuzilando-o mediaticamente, com um pelotão reforçado, composto pelos melhores atiradores da casa. Pretexto? A licenciatura legalmente obtida na Lusófona em 200/2007.
Eis os sucessivos tiros, todos visando o referido alvo. Primeira página: "Três dos quatro professores de Relvas nunca o avaliaram." (sem assinatura). Página 3: "Não vou gastar muitas linhas com a "licenciatura" de Miguel Relvas. Mas convém que Passos Coelho perceba que o "embuste" -a expressão é dele- das "Novas oportunidades" não anda longe do que Relvas fez." (Ricardo Costa, director). Página 4: "Os docentes de três cadeiras feitas por Relvas não o viram nem o avaliaram." (Rosa Pedroso Lima). Página 5: "Presidente da Agência de Avaliação diz que reconhecer experiência é uma boa ideia mas que, num país de "vigaristas e chicos-espertos", tem de ter limites." (Isabel Leiria) "Passos volta a dar total cobertura ao ministro adjunto. Crato não comenta. O PSD assobia para o ar. Paulo Rangel avisa: "Em política não há não-assuntos". (Ângela Silva). Página 7:"Queira ou não Passos Coelho enfrentar o assunto, Miguel Relvas está politicamente moribundo." (Miguel Sousa Tavares). Página 10: "O novo caso Relvas não diz respeito à legalidade, mas ao escrúpulo e à lisura de comportamento exigíveis a quem está na política." (Fernando Madrinha). Página 36 - "Editorial - "Um país de doutores apressados e espertos- "Ao querer tirar um curso à pressa, tendo por base uma fugaz experiência universitária e uma banal experiência profissional, Miguel Relvas mostrou que Portugal continua a ser um país de favores, de amigos e de compadrios." (Não assinado). "Talvez nem a China seja tão difícil de descodificar como essa história de Portugal ter mais um membro do governo que fez um curso sem o fazer." (Martim Avillez Figueiredo). Página 37: "E não embarco em nenhum discurso revanchista a propósito da licenciatura de Miguel Relvas. Desconhecia de facto a existência de um caso extremo como este." (Daniel Oliveira). "Convinha discutir isto, e não apenas os corta-matos académicos de Sócrates e Relvas. Estas duas personagens são um efeito e não uma causa. Estes dois homens de inesperada fraqueza representam, na perfeição, uma sociedade que esmaga com os seus tiques e com o seu ajoelhar à passagem do baronete." (Henrique Raposo).
Temos assim, numa mesma edição, uma cerrada e anormal cortina de fogo, disparado por um vasto pelotão. Mais: nota-se, nos escritos de Daniel Oliveira e de Henrique Raposo, que houve concertação prévia. Aquele afirma recusar um discurso revanchista; este acha melhor discutir outros tópicos interligados. Que se terá passado então? No meu entender, algo bastante evidente. Agastado com a ineficácia de anteriores intervenções mais subtis, Francisco Balsemão, quiçá algo desesperado, resolveu usar praticamente toda a artilharia da casa, o que ocorre pela primeira vez após o PREC, se não erro. Para quê? Para provocar a queda de Miguel Relvas. Na expectativa de que o seu hipotético mas desejado substituto não tenha igual "peso" sobre Passos Coelho, ficando assim praticamente impedido de privatizar um canal da RTP, perigo mortal para a depauperada SIC, que Relvas não deixará de implementar. Em que me baseio? Neste inusitado fogo de barragem, tendo como único pretexto explícito uma ocorrência por assim dizer banal e em todo o caso legal, bem com algo que não engana, como sucede com o algodão do anúncio televisivo: Um "Manifesto contra[a] privatização da RTP" ocupa quase toda a página 11. Com nomes tão sonantes como António Pedro Vasconcelos, Alice Vieira, Inês de Medeiros, João Caraça, Emídio Rangel, Carvalho da Silva e Arménio Carlos. Como dizia Lenine: "Quando os meus inimigos concordam comigo, que erro estarei eu a cometer?"
Só que D. Rebelo omite, conscientemente, deliberadamente, por desonestidade intelectual endémica, nomes de subscritores desse Manifesto como Laborinho Lúcio, Narana Coissoró, Sérgio Godinho, Miguel Sousa Tavares, gen. Loureiro dos Santos, Francisco Sarsfield Cabral, D. Januário Torgal Ferreira, Bagão Félix, António Arnaut, Miguel Anacoreta Correia, Joaquim Furtado, etc., etc.

Até se torna "leninista" por momentos, revelando mais uma vez a sua "honestidade intelectual"...

E, qual juiz menor dos velhos "tribunais plenários", esfarrapa-se a defende o "dr. chanceler", prosseguindo  o ataque a Pinto Balsemão.  Como se Pinto Balsemão tivesse alguma lição de ética a receber do afilhado profissional, do invertebrado lambe-botas.

Retomando a arenga do ilustre procurador local do "chanceler"... 
Durante dezenas de anos, em particular desde que, sendo Balsemão primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa, então director do EXPRESSO, o pôde criticar sem problemas, considerei o fundador do prestigiado semanário um gentleman, incapaz de recorrer a métodos menos éticos, do tipo jornalismo de valeta. Esta edição mostrou-me que estava equivocado. Que tem razão quem afirma que as bebidas alcoólicas melhoram com a idade, mas não os seus consumidores. Tudo o que é demais parece mal e o dono do jornal desta vez excedeu-se.
Nunca mais voltarei a ler O EXPRESSO com os mesmos olhos.


E já estamos todos a ver o ar pesaroso de Pinto Balsemão e dos jornalistas do EXPRESSO por esta sumidade passar a ler o jornal com outros olhos.
Quem sabe se com o "olho do c´...

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